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2 ILHAS E 1 IMPÉRIO | EM DIRETO - DIA 13



11:30 O CAFÉ DA MAGDA

Já aqui temos falado todos os dias do local onde tomamos o pequeno almoço, e da sua simpática proprietária (também ela dona da maravilhosa casa que alugámos no Airbnb), mas ainda não mostrámos o local em si.

Hoje, porque não há muito mais a dizer do que dissemos nos dias anteriores sobre o perfeito que é acordar nesta Sand and Stone House em Megalochori, focamos esta abertura do dia no Traditional Kafeneio Megalochori, ou em português "o Café Tradicional de Megalochori".

Este é o local mesmo duas portas abaixo da nossa casa onde todos os dias temos tido o prazer de tomar o pequeno almoço, na tranquilidade desta pequena e pacata povoação, e com as surpresas diárias de menu que a nossa anfitriã nos prepara.



14:00 A BLACK BEACH

Depois de sairmos do café da Magda, seguimos para o carro para o nosso destino desta manhã: a muito famosa Black Beach.

Situada na costa exterior de Santorini, esta praia não só é a mais famosa da ilha, como é a maior de todas. Com 3 km de extensão esta praia  é enorme para os padrões desta ilha (e mesmo das outras ilhas gregas), e é aqui que se situa, grande parte dos beach clubs da ilha. No entanto, e porque o número de turistas é muito baixo para o habitual, estes estavam quase todos vazios. Tal como a praia em si, pelo que decidimos ir até ao final desta e ficar numa zona mais deserta e fizemos muito bem.

É que esta (normalmente) tão concorrida praia, proporcionou-nos uma manhã sossegada (quase) a sós com as areias negras, a falésia final da praia e as muito límpidas e transparentes águas deste Mediterrâneo incrível que banha esta ilha.






23:30 A TARDE E NOITE EM CASA

Mas como decidimos ontem, o dia de hoje seria mais calmo, por forma a dar-nos uma pausa da overdose de beleza do dia anterior, e assim depois da manhã na praia, voltámos para casa e ficámos o resto do dia em casa, a gozar desta e da sua piscina.

Esta casa é verdadeiramente sofisticada na sua simplicidade e minimalismo chic, pois consegue combinar objetos de decoração e elementos construtivos antigos e clássicos das casas típicas de Santorini, com uma contemporaneidade espacial e decorativa, como só os locais de muito bom gosto conseguem fazer. Com uma casa destas dissemos que tirariamos um dia para a gozar plenamente ... e se não tirámos um dia inteiro, foi quase...

Assim esta tarde passada entre a piscina, o terraço do sol, os sofás da sala, ou a cozinha a fazer petiscos e o almoço e o jantar, foram momentos muito bem passados e que nos permitiram tirar uma pausa reestabelecedora de energias e de vontade para amanhã, explorarmos o resto desta maravilhosa ilha mágica.

2 ILHAS E 1 IMPÉRIO | EM DIRETO - DIA 12

11:00 NA SAND AND STONE HOUSE TODOS OS DIAS O COMEÇO É DIFERENTE

O despertar de hoje, apesar da hora tardia a que nos deitámos ontem, foi tranquilo, sereno, e muito pacífico, como só as pequenas povoações e as casas excepcionais conseguem proporcionar. A luz entra nos quartos coada por cortinas, as camas dos três quartos são todas de casal e a decoração é entre o minimal chic e a trendy beach house.

Ora tal como aconteceu no dia anterior voltamos ao café da esquina para tomar o pequeno almoço na pequena esplanada que a Magda tem, e eis quando o pequeno almoço traz uma surpresa: uma piadina de paio e queijo feta, em vez das torradas com manteiga artesanal e doce de pétalas de rosa do dia anterior.

É assim, com um pequeno almoço destes, proporcionado pela sempre sorridente e disponível Magda, e com um cenário perfeito, que se começa o dia em grande estilo aqui em Santorini ... ou pelo menos, nós começamos!



12:00 A CAPITAL FIRA

A maior cidade da ilha de Santorini é a cidade de Fira (ou Thira, conforme as traduções) e é exactamente aqui que nos dirigimos logo no início deste dia.

Aqui chegados, percebemos que estamos numa cidade com alguma população e muito movimento de carros e de pessoas. É talvez a primeira vez nesta ilha que encontramos muita gente. Nada de multidões, mas o habitual numa cidade com o seu movimento semi caótico, que ainda por cima tem turismo e flutua entre o ambiente de praia e o ambiente urbano.

Mas há outra Fira, e essa é sossegada, branca, alva e bela - é a Fira antiga que se situa na encosta que dá para o mar da caldeira. Aqui, empoleirados uns nos outros, estão ruas, edifícios e terraços, numa mole construída de uma inclinação vertiginosa e com uma vista absolutamente única. Começámos a visita pela catedral metropolitana e fomos descendo até aos últimos edifícios antes do precipício, e foi um passeio que nos deu a perceber as míticas paisagens desta ilha grega. E que nos levantou uma dúvida: se Fira é assim tão bonito, como será a jóia da coroa Oia? É que já é difícil ser mais bonito do que este lado de Fira antiga ... mas mais à tarde iríamos ver...



15:00 O ALMOÇO NO AMOUDI FISH TAVERN

Depois de percorrermos as ruas de Fira antiga e moderna (bem menos interessante, mas também é digno de se ver ... só que nós tivemos muita sorte, pois não apanhámos multidões de turistas, dada a situação da pandemia actual, porque numa situação de verão normal, deve ser impossível circular nestas ruas), voltámos ao carro (já com uma multa de estacionamento, pois não deixámos num parque vigiado) e fizemos mais uma meia hora de carro até ao local escolhido para o nosso almoço: a Baía de Amoudi e a sua famosa Fish Tavern.

Em muitos anos de viagens e de refeições em tantos restaurantes por todo o mundo, nunca nenhum nos tinha solicitado para pagar as reservas "à cabeça", mas é o que se passa nesta Amoudi Fish Tavern. Mas com a fama que tinha, não quisemos deixar de experimentar e fizemos bem.

Na realidade a comida é muito boa, o serviço simpático e atento, mas é a sua situação à entrada do porto da baía de Amoudi e a beleza natural de toda a falésia que suporta o castelo de Oia bem como dos coloridos e muito pitorescos edifícios do porto, que fazem deste um momento absolutamente sublime. Este é um daqueles paradigmas da restauração em que tudo está bom, mas é a sua localização que faz deste um local de excepção. É tanto assim, que durante todo o nosso almoço, a quantidade de iates e de veleiros que se aproximavam do cais privativo do restaurante é absolutamente impressionante ... tudo isto para que os seus ocupantes possam vir almoçar a este lugar único e belo.




18:30 NUMA PALAVRA: OIA A PERFEITA!

Se já tínhamos ficado conquistados com a beleza da baía de Amoudi, quando subimos e decidimos ir visitar o ponto alto desta ilha - a cidade de Oia - ficámos sem palavras.

Não há palavras que consigam fazer justiça à beleza incrível e sublime, avassaladora e segura, inimaginável e fabulosa da cidade de Oia. Empoleirada em imensos penhascos do final da ilha de Santorini, esta cidade branca com as suas cúpulas azúis, as suas ruas pintadas de cinza e branco, bem como o mar azul cobalto que se funde com o céu deixam-nos sem respiração a cada passo que damos.

É sem dúvida o momento mais especial desta viagem até ao momento e é uma paisagem inesquecível e que faz com que uma viagem a esta ilha seja obrigatória para os amantes das paisagens belas.

Para que os nossos leitores percebam o que estamos a falar, as fotografias aqui apresentadas (quer hoje, quer nos dias anterior e subsequentes passados aqui em Santorini) não têm qualquer pós produção. As cores não são Photoshop, a luz não é trabalhada, tudo é assim ... tal e qual uma paisagem de um daqueles locais paradisíacos que nos aparecem no desktop ... só que aqui estamos no meio dele!



23:00 FIM DE TARDE NA PISCINA E JANTAR CASEIRO

Depois de percorrermos as ruas de Oia vezes sem conta e de nos termos sentado numa das maravilhosas esplanadas hiper sofisticadas a apreciar as imaculadas e perfeitas vistas, voltamos a casa assoberbados com tanta beleza (e algumas compras, confessamos).

Aqui, no pôr do sol, decidimos que é hora de experimentar a piscina da casa, antes de secarmos no terraço da casa e prepararmos mais uma salada com maravilhosos produtos locais, que encontrámos em algumas das lojas gourmet que encontrámos pelo caminho. No final da noite ainda descemos ao pequeno café da nossa anfitriã (onde somos os únicos estrangeiros, no meio de várias mesas, todas elas de locais) e tomamos um gin de final de noite.

Foi um dia excepcional e arrebatador com tanta beleza junta num só dia, pelo que decidimos que no dia seguinte, o melhor é dar uma pausa a tantas emoções e a tanta beleza para podermos conseguir apreciar melhor a ilha no tempo que ainda nos resta ... não ficaremos em casa, claro, mas 

2 ILHAS E 1 IMPÉRIO | EM DIRETO - DIA 11

11:30 UM DESPERTAR MÁGICO

Depois de um dia inteiro entre aviões e aeroportos, ontem chegámos a uma casa perfeita em Santorini: a Sand and Stone House, em Megalochori.

Esta casa situa-se numa pequena e muito tradicional aldeia grega, com todos os clichés que formam o nosso imaginário de Santorini. Hoje falaremos da aldeia de Megalochori e nos próximos dias vamos revelar o perfeita que esta casa é.

Megalochori fica situada junto à caldeira de Santorini e tem nas suas casas típicas brancas e nas suas igrejas e torres sineiras um dos seus principais atrativos, e é neste contexto absolutamente idílico que acordamos e que vamos até ao café mesmo ao lado da casa tomar o pequeno almoço feito pela Magda (a dona da casa e do café) à medida dos nossos pedidos. Tudo isto numa pracinha incrivelmente pituresca e agradável.

13:00  A RED BEACH

Depois de um pequeno almoço no cenário mais típico possível de imaginar, apanhámos o carro (que teve de ficar estacionado fora da aldeia, pois, de tão estreitas que são, as ruas permitem a passagem dos carros, mas não o seu estacionamento) e fomos até ao outro lado da ilha, para passarmos a manhã naquela que é considerada uma das mais belas praias da ilha: a Red Beach.

Tal como o nome indica, esta praia é verdadeiramente vermelha devido aos penhascos que a rodeiam serem de uma rocha ultra ferrosa, o que faz com que toda a paisagem seja avermelhada e, como tal, com um contraste deslumbrante com o azul do mar. É aqui que tomamos contacto com a realidade das praias da ilha: elas não têm areia como a conhecemos, mas sim seixos ou pedras, o que torna de veras desconfortável a estadia nesta... mas há um factor que equilibra toda esta equação de conforto e que faz com que fiquemos toda a manhã na praia: a água.

O mar da Caldeira do vulcão (Santorini é um dos lados da caldeira subaquática do vulcão que deu origem a estas ilhas) é absolutamente incrível de tão transparente, calmo lindo que é. portanto estas qualidades em conjunto com uma temperatura de água tão perfeita como esta, fez com que ficássemos o resto da manhã de molho neste cenário único e impressionantemente belo.



15:00 ALMOÇO NO KANTOUNI

A nossa primeira refeição nesta ilha foi logo a seguir à praia, mas não ficámos na Red Beach - fomos até à histórica vila de Pyrgos, e escolhemos o muito popular e trendy Kantouri Café.

Situado na praça central da vila, em plena entrada do centro histórico desta e do seu castelo, este café é um sofisticado e muito bem decorado café esplanada em socalcos. Mas para além de uma decoração e um ambiente muito bons (pois misturam o típico com o moderno, o à vontade e despretencioso com o design e o bem decorado), o serviço é também ele super simpático e atencioso ... e a comida, essa é mesmo de excepção!

Sim, pois desde as entradas tradicionais como umas excepcionais almôndegas de cordeiro em molho de tomate picante com iogurte, ou um bife de carne de porco fumada em lenha de oliveira, até ao café grego final, tudo estava verdadeiramente delicioso. Esta foi a primeira refeição que fizemos fora aqui na ilha, mas foi talvez uma das melhores de toda a viagem até ao momento!


17:00 O PASSEIO POR PYRGOS

A seguir ao almoço fabuloso que tivemos, foi altura de darmos uma volta pelo centro histórico da vila de Pyrgos, que se estende desde o Kantouni Café até ao topo da colina, onde está a igreja de São Jorge.

O caminho é feito a subir as inclinadas e muito estreitas ruas desta antiga vila. Quando dizemos subir, referimo-nos a subir ruas onde só se entra a pé, pois nem carros nem motas conseguem entrar de tão estreitas que são as ruas, e a sua inclinação e sinuosidade é tal que muitas vezes estas não são planas, mas sim em degraus, tal e qual uma escada.

Mas as casas brancas, as vistas incríveis sobre toda a ilha e toda a magia do local fazem destas horas de passeio impredíveis. E o melhor de tudo é que estavam totalmente vazias, encontrando-se apenas alguns gatos e os comerciantes sentados à porta das suas lojas de design ou produtos típicos e locais, à espera de algum turista que pudesse ocasionalmente passar. Tivemos o centro histórico de Pyrgos só para nós, o que nos permitiu dar um passeio absolutamente descansado, relaxante e perceber a verdadeira magia e a beleza única das icónicas vilas aqui de Santorini.



19:00 A SANTO WINES

Depois de uma tarde a subir e a descer uma colina, sob um sol abrasador, mas com um cenário digno de um filme, voltamos ao carro e vamos até à única cooperativa vinícola da ilha de Santorini: a Santo Wines.

Apesar da produção de vinho na ilha de Santorini datar da antiguidade clássica, esta adega cooperativa é muito recente, pois tem as suas origens no século XX. Mas todo o seu edifício actual é de finais desse século, pelo que tem menos de 20 anos de existência.

Claro que a visita à adega foi interessante (principalmente o sistema de aproveitamento da gravidade para fazer a circulação do vinho entre fazes, sem recurso a bombas, o que dá uma adega de produção com vários andares), mas foi na prova de vinhos final, com uma vista mágica sobre o famoso pôr do sol de Santorino, que nos deixámos apaixonar pelo vinho. Não sei se foi pela vista ou pelo vinho em si, mas que saímos de lá com uma caixa de garrafas de vinho branco ... isso é garantido!

23:00 O PRIMEIRO JANTAR CASEIRO

De acordo com o nosso planeamento de viagem, pelo menos uma refeição por dia faremos em casa durante a nossa estadia em Santorini. Ora para isso acontecer, quando saímos da Santo Wines, fomos às compras de víveres e decidimos que essas refeições iriam ser feitas de saladas, bem condizentes com o vinho que tínhamos acabado de comprar e com o calor espetacular que se sente nesta ilha (a amplitude térmica é mínima, pois entre a máxima do dia e a mínima da madrugada são apenas 3 a 4 graus centígrados).

Já com compras feitas, voltámos até à nossa casa maravilhosa, arranjámos o nosso jantar e tivemos uma refeição espectacular no nosso terraço com vista para o centro histórico da aldeia e para o mar. Foi o final perfeito para este primeiro dia idílico nesta ilha grega do arquipelago das Cíclades.

Mas como a noite estava espetacular e o vinho branco também, ficámos até altas horas da madruga à conversa e a gozar a temperatura excelente desta autêntica noite de verão mediterrânica.


PS: Por decisão editorial para ilustrar melhor o que estamos a viver do ponto de vista de beleza deste local, decidimos que todas as fotos de paisagem, natural ou urbana não tê qualquer edição de cor ou de contraste ou correção de níveis de luminosidade.

2 ILHAS E 1 IMPÉRIO | EM DIRETO - DIA 10

04:35 MADRUGAR PARA O PRIMEIRO VOO DO DIA

Eram pouco depois das 4 da manhã quando deixámos a nossa casa micaelense e, de malas aviadas, rumamos até ao aeroporto de Ponta Delgada para apanharmos o primeiro voo do dia.

Aqui tudo está bem controlado, pois apesar dos poucos casos que existem na região dos Açores, as autoridades tomaram todas as medidas para se poder viajar em segurança. As máscaras são um item obrigatório quer no aeroporto, quer nos aviões, o distanciamento social entre passageiros é cumprido quase à risca, e os cuidados de desinfeção notam-se em todos os detalhes.

É por isso que nos sentimos seguros a viajar para os Açores, e mais ainda quando o comissário que nos faz o check in nos informa que, apesar de os três voos deste nosso longo dia não serem das mesmas companhias (aliás são de companhias diferentes), por razões de segurança para evitar contactos desnecessários dos passageiros com outros passageiros ou com outros funcionários, é possível fazer-nos o check in das malas desde ponta delgada até ao nosso destino final do dia: Santorini.


22:00 UM DIA ENTRE AVIÕES E AEROPORTOS E UM FINAL QUE NEM QUERÍAMOS ACREDITAR

O dia foi longo e passado entre aeroportos e aviões, sendo que foi portanto um dia passado literalmente de máscara posta. Até aqui já sabíamos que ia ser assim, quando comprámos os bilhetes de avião, mas o que não sabíamos era o que iríamos encontrar nos aeroportos internacionais por onde passámos.

Se nos aeroportos portugueses por onde passámos (Ponta Delgada e Lisboa), e no avião português (TAP no voo Ponta Delgada/Lisboa), todas as normas foram literalmente cumpridas (com algumas excepções de alguns passageiros estrangeiros, que sempre que podiam puxavam a máscara para baixo do nariz, esperando que ninguém notasse), nos aeroportos internacionais e nas companhias estrangeiras, o caso muda literalmente de figura.

O nosso percurso de hoje levou-nos de Lisboa a Zurique, num mega avião da Swiss Air, e daqui para Thira em Santorini, na Edelweiss Airways. E pasme-se que no aeroporto de Zurique não é obrigatório o uso de máscara, mas sim apenas recomendado caso não seja possível manter a distância social, e no aeroporto de Thira, até os guardas estão sem máscara, tendo umas viseiras na cabeça, mas àquela hora já estavam puxadas para cima.

Já nos aviões quer da Swiss Air, quer da Edelweiss, a máscara supostamente seria obrigatória, mas a quantidade de pessoas dentro do avião que tiraram a máscara ao sentarem-se foi assustadora... e nem uma palavra dos tripulantes de cabine, que passaram e falaram com essas pessoas sobre outras coisas (como perguntar que bebidas queriam tomar) e nem lhes chamaram a atenção!

Se até agora tínhamos sentido segurança ao viajar pelos Açores, hoje ao sairmos de Portugal, percebemos o desgoverno e a anarquia que se passa na aviação internacional. Mas o melhor estava guardado para o final, com a chegada à Grécia e a Santorini e os tais testes aleatórios supostamente determinados por um QRCode recebido via email, se torna numa autêntica anedota de mau gosto.

Ao chegarmos somos encaminhados todos os passageiros para uma fila (pelos tais polícias com as viseiras para cima), cujo distanciamento social era inexistente, nem mesmo todas as pessoas tinham máscara posta, para chegarmos ao final da fila e termos dois funcionários do aeroporto a olharem para o QRCode e dizerem a olho nu se uma pessoa fazia teste ou não. Sem leitor de QRCode, nem nada... literalmente olhando para a pessoa e para o QRCode. A anedota foi tal que nem verificavam se a identificação da pessoa a quem foi atribuído esse email era a da própria pessoa que o mostrava ... nada batia certo. Melhor foi que quando um do grupo era mandado para fazer o teste, todos o faziam (apesar de ser supostamente aleatório, e nenhum do nosso grupo ter atestado que ia em grupo, ou sequer ter preenchido o questionário ao mesmo tempo).

Para corolário de tudo, seguimos então para uma mesa, onde estão dois funcionários de bata, viseira e máscara (como mandam as regras), pedem-nos o nosso nome (sem verificar as nossas identificações ou QRCodes) escrevem num aparelho e scanerizam um código de barras das zaragatoas que nos vão ser atribuídas para fazer o teste, mandam-nos passar para trás de um biombo, onde outro funcionário nos esfrega a zaragatoa na lateral da nossa boca?!?!?! sim nem gengivas, nem amígdalas, nem nariz, nem nada ... apenas recolha de um pouco de saliva. Perante o nosso espanto mandam-nos embora sem qualquer instrução ou recomendação de procedimento! É assim que fazemos o controlo de COVID19 à entrada na Grécia, e é assim que chegamos a Santorini!

23:30 A NOSSA CASA EM MEGALOCHORI 

Tal como já referimos anteriormente, nesta viagem, e como medida de salvaguarda perante os problemas de pandemia que existem em todo o mundo, decidimos que tentaríamos sempre não estar alojados em hotéis, e aqui em Santorini, fizemos um Airbnb de uma casa em Megalochori.

É assim que, depois de conseguirmos perceber que o homem da rent-a-car, que era suposto estar à nossa espera na saída do aeroporto, e que afinal estava sentado num café (e disse para irmos lá ter para nos dar o carro...), nos ter dado o carro de aluguer, e termos ido até à povoação onde se encontrava a casa, nos encontrámos com o Costas e a Magda, que são os donos da absolutamente maravilhosa casa que arrendámos para estes dias neste paraíso grego.

A casa é perfeita, mas dela mostraremos mais nos dias que se vão seguir, porque hoje, o dia foi longo e estamos extremamente cansados, pelo que fizemos só uma rápida refeição leve e fomos dormir ... porque amanhã o cenário muda radicalmente e da atlântica e verde Açores, passamos à fase dois desta viagem na mediterrânica e seca Santorini!

2 ILHAS E 1 IMPÉRIO | EM DIRETO - DIA 9

10:30 DESPERTAR NA "NOSSA" CASA

Graças a uma recepção exemplar do nosso anfitrião e amigo Henrique, pernoitar na casa dele em São Brás, na costa Norte da ilha de São Miguel é um prazer imenso.

Do silêncio, ao entorno, da decoração clássica da casa aos pequenos almoços caseiros, da tranquilidade do ritmo matinal aos espectaculares quartos que temos, tudo contribui para que os nossos dias aqui em São Miguel, nos Açores estejam a a começar sempre da melhor forma.

Mas como este é o último dia na ilha, e hoje é sábado, temos programa repleto de actividades, e acompanhados pelo Henrique, para nos mostrar a ilha de forma mais próxima.


11:30 A CAMINHADA ATÉ À LAGOA DO COMBRO

Depois de um pequeno e rápido percurso de carro, chegamos ao nosso primeiro ponto de paragem do dia: a Lagoa do Combro.

No entanto, e se há alguma actividade que é quase obrigatório fazer numa visita aos Açores é uma caminhada por um trilho, e é o que é necessário fazer para se chegar da estrada até à lagoa em si. O trilho de acesso à lagoa não é mais de 20 minutos a descer por um trilho de dificuldade mediana pela floresta dentro.

Simples de fazer vale muito a pena, não só pela maravilhosa lagoa no final, mas essencialmente porque o verde da floresta, as suas plantas, os seus líquenes, as suas borboletas e pássaros, fazem parte de uma experiência de imersão única e muito relaxante. Perfeita para começar o nosso dia!




14:30 O ILHÉU DA VILA E O ALMOÇO NO PRAIA CAFÉ

Depois de um tempo passado na lagoa a apreciar a beleza natural e intocada da paisagem (pois aparte do caminho que fazemos, não há vestígio de presença humana até onde alcança o nosso olhar), voltamos até ao carro e seguimos para outra maravilha natural desta ilha de São Miguel: o Ilhéu da Vila.

Esta pequena ilha situa-se mesmo em frente à conhecida Vila Franca do Campo, e é tudo o que que promete. Quase deserta (pois o número de pessoas na ilha é altamente controlado e limitado), esta ilha é um paraíso atlântico com uma vegetação menos exuberante do que a ilha de São Miguel, mas com uma lagoa de água salgada de um azul único e magnético e repleta de peixes de todas as cores, na qual se pode mergulhar e assim fruir este local incrível.

É neste contexto rodeados de penhascos altos e junto a uma lagoa única que passamos o final da nossa manhã, antes de voltarmos à ilha principal para almoçarmos junto à praia de Vila Franca do Campo, no Praia Café. O almoço foram petiscos, mas em verão praia misturada com a sempre segura opção regional. Muito boa escolha de local e de menu. Depois dos mergulhos no paraíso esta foi a refeição perfeita!


15:00 AS QUEIJADAS DE VILA FRANCA DO CAMPO

Mas qualquer visita a Vila Franca do Campo fica incompleta sem uma passagem pela mítica fábrica das queijada de Vila Franca.

Estas queijadas são feitas exactamente com a receita original delas, e são únicas no país, pois o seu processo de fabrico depende única e exclusivamente da transformação do leite em queijo (daqui o nome, e não da sua forma como muitos pensam) e da sua mistura deliciosa com ovos e açúcar.

A simplicidade da receita é a mestria destes doces, super leves e deliciosos, que foram obviamente a nossa sobremesa do almoço que tivemos junto à praia.

16:00 A LAGOA DO FOGO

Depois de um almoço delicioso e de uma doçaria tradicional ainda mais pecaminosamente saborosa, voltamos à estrada e vamos até mais uma das lagoas míticas da ilha: a Lagoa do Fogo.

Conjuntamente com as Sete Cidades, esta é a segunda lagoa mais icónica de São Miguel e dos Açores, e a sua fama advém da sua situação tão próxima do mar. Sim esta caldeira está verdadeiramente perto da costa, pelo que nos dias de tempo limpo, consegue-se ver a lagoa e o mar por entre as montanhas que a rodeiam.

O cenário natural é espetacular e se vimos a lagoa das Sete Cidades com um tempo nublado, hoje vemos a Lagoa do Fogo com um sol resplandecente, o que torna todas as cores muito mais fortes e vibrantes e a paisagem absolutamente deslumbrante.


18:00 O CENTRO ARQUIPELAGO

Passada a Lagoa do Fogo, chegamos de novo à costa Norte, desta vez para uma visita totalmente diferente: o Centro de Artes Arquipélago.

Localizado na Ribeira Grande, este centro de artes plásticas e performativas, aproveitou uma antiga fábrica de seca de folha de tabaco e com um intervenção de arquitetura contemporânea absolutamente sublime, criou um espaço de calibre internacional.

Mais do que a pequena coleção de artes plásticas (que é boa e está bem exposta), é o próprio edifício e a sua arquitetura de excepção que são a grande atração deste centro de artes contemporâneas. Como amantes da boa arquitetura contemporânea, deleitámo-nos com esta visita, claro.

21:00 O BIFE DA ASSOCIAÇÃO

A terminar o dia, para além de passarmos pelo supermercado para fazer umas compras que necessitávamos para o dia de amanhã, e de passar por casa para deixar essas mesmas compras, fomos depois e sem demoras para a famosa Associação Agrícola de São Miguel.

Aqui encontra-se um dos melhores e mais afamados restaurantes de toda a ilha, e o seu prato icónico: o famoso Bife da Associação. Tudo o que se possa dizer da excepcional qualidade da carne de vaca nos Açores é pouco, mas a sumidade desta carne é servida em bife neste restaurante. A carne é autêntica manteiga, está cozinhada de forma perfeita e temperada de forma simples, mas incrível. Foi um jantar perfeito!

Este é o final perfeito da nossa estadia nos Açores, que tanto adorámos, e que tanto recomendamos, mas não o final da nossa viagem, como já sabem... por isso recolhemos-nos a casa cedo e deitamos-nos cedíssimo pois o despertar é perto das 3:30 da manhã, para começarmos a nossa longa viagem até às próximas ilhas: as Ilhas Gregas!