RUMOS DO SUL | EM DIRETO - DIA 3


10.00 O DESPERTAR EM BUENOS AIRES

Depois de um longo e intenso dia como o dia de ontem, hoje decidimos que o nosso primeiro despertar em Buenos Aires seria menos matinal e bem mais relaxado.

Assim logo de manhã aproveitámos a manhã para não só tomarmos um relaxado pequeno almoço e ao mesmo tempo programarmos ainda alguns últimos detalhes de destinos posteriores na nossa viagem. A descoberta que fizemos ontem à noite durante as conversas de jantar com os nossos anfitriões, de que os combóios entre Cusco e Machu-Pichu esgotam rapidamente, pelo que devemos comprar os bilhetes de combóio com bastante antecedência ... o que não tínhamos ainda feito.

Este pequeno passo de reservar o combóio ocupou-nos verdadeiramente o tempo de toda a manhã ... porque muitos dos combíos já estava de facto esgotados e para encontrarmos uma opção viável foi muito complexo e difícil.


12.30 O ACIDENTE

Depois de uma manhã stressante a tentarmos conseguir uma solução viável para os combóios para Machu Pichu, então saímos e dirigimo-nos à zona do Zoológico para atravessarmos os vários parques da zona e irmos para o nosso destino seguinte.

No meio da boa disposição, de correr pelos parque e de selfies no meio da natreza, decidimos tirar uma selfie no meio de uma avenida cheia de carros ... o que implicou que fossemos bastante rápidos e saíssemos de lá a correr para não sermos atropelados pelos carros que esperavam pelo cinal verde. Pois foi exatamente no momento de início desta correria que um de nós teve um acidente: uma ruptura muscular.

Esta foi uma situação que nos condicionou um pouco este percurso pelos parques. Acidentes acontecem ... e desta vez aconteceu mesmo!


13.00 O MALBA

Com alguma calma no ritmo de andar, lá chegámos ao nosso primeiro destino da manhã: o MALBA.

O MALBA (Museo de Arte Latinoamercana de Buenos Aires) é um edifício ultra moderno, discretamente imponente e com uma coleção de arte contemporânea bastante interessante e muito própria. Com duas exposições disponíveis, lá fomos dar uma volta por salas de exposição que nos deram a oportunidade de revisitar artistas que fazem parte da cultura contemporânea mundial (como Frida Kahlo, ou Diego Rivera) bem como nos permitiram ficar a conhecer toda uma panóplia de artistas contemporâneos sul americanos bastante interessantes.

Foi uma visita bastante interessante e que deu início a uma nova faceta da capital argentina - a Buenos Aires Cultural.


15.00 O ATHENEO

Saídos do espetacular e muito interessante MALBA apanhámos táxi e fomos para o nosso próximo destino: a Livraria El Atheneo.

Esta livraria situa-se no muito cosmopolita bairro de Recoleta, em plena Avenida da Santa Sé (nº 1860) num edifício do muito clássico teatro El Atheneo. Classificada como uma das livrarias mais belas e espectaculares do mundo, esta loja da melhor cultura literária argentina e latino-americana, é um verdadeiro espectáculo arquitetónico e visual.

O barroco da sala, combina-se na perfeição com a contemporaneidade da intervenção arquitetónica de transformação deste teatro em livraria. Depois de percorrer os vários andares da biblioteca, decidimos subir ao antigo palco, actualmente um café, e almoçar umas maravilhosas Empanadas acompanhadas de um excelente sumo de laranja e uma fabulosa e bem disposta conversa.

Foi uma pausa de diversão, boa gastronomia e cultura arquitetónica e literária argentina ... muito de acordo com o Buenos Aires Cultural que estamos a visitar hoje!


16.30 EL CAMINITO

Foi a seguir à arte contemporânea e à literatura que rumámos ao local mais emblemático de toda a Buenos Aires - El Caminito.

Esta pequena rua, celebrizada por uma canção de com o mesmo nome do grande mestre do Tango Porteño Carlos Gardel, é o principal postal turístico da cidade. Com as suas casas muito pobres e populares pintadas nas cores mais vivas que se possam imaginar, esta zona do muito degradado, mas muito popular e muito célebre bairro Boca, tornou-se sinónimo de Tango e, obviamente, da arte de dançar o verdadeiro Tango Argentino.

Apesar da chuva que caía (e que começou a cair quando estávamos dentro da livraria El Atheneo) as cores dos edifícios assaltavam-nos os olhos, chamando por nós em todas as direções. Foi assim que se deu um autêntico festival de fotografias e que, uma rua que tem pouco mais de 100 metros, demorou a fazer pouco mais de uma hora.


17.45 LA PROA

É mesmo junto ao final do Caminito, junto ao Puerto de La Boca, que está uma das melhores fundações privadas de arte contemporânea da cidade: La Proa.

O edifício antigo e a sua exemplar recuperação arquitetónica, já valem por si uma visita ... mas a excelência da exposição que vimos, então justifica em dobro. É um dos locais mais internacionais da cidade, criando assim uma visão cosmopolita e sofisticada, totalmente nova para esta cidade tão charmosa e tradicional que é Buenos Aires.

Segunda boa exposição do dia ... e estava na hora de rumar ao nosso destino cultural final do dia ... por isso, metêmo-nos num táxi e crizámos a cidade de volta a Palermo!


19.00 O TANGO

Pois se não se pode ir a Roma e não ver o Papa, quem vem a Buenos Aires não pode deixar de dançar o Tango ... e asism fizemos também nós (exceptuando eu que tinha a ruptura muscular, claro).

Assim rumámos até à muito típica e muito desconhecida, mas autêntica La Viruta (obrigado Max pela sugestão), em plena Calle Armenia (1366) no muito argentno bairro de Palermo. Sendo que estávamos em plena hora de ponta, uma viagem que deveria demorar pouco mais de 20 minutos, demorou quase uma hora, motivando assim que chegassemos cerca de meia hora atrasados para as aulas de Tango (que começavam às 18.30 e para as quais ainda não tínhamos comprado as entradas).

Mas foi com uma simpatia contagiante e incrível que nos informaram que, perderíamos então essa primeira hora de aula, mas se não podíamos ficar paa a próxima, então não queriam deixar-nos de fora, e deixaram-nos entrar. Numa sala sem grande produção de decoração, dois professores (um homem e uma mulher) dividem-nos em dois grupos (para um lado homens e para o outro mulheres) e ensinam então os quatro passos básicos do Tango - el abrazo estrecho, la caminata, el corte e a la quebrada. Depois de algum tempo de treino começamos então a dançar o Tango, enchendo de pares improváveis aquele salão de baile, onde o Tango nos fez ter um dos momentos mais significativos até ao momento destes Rumos do Sul.

Agora sim: compreendemos, sentimos e amamos esta cidade fatal de marinheiros e dramas portenhos que se chama Buenos Aires!


21.30 O JANTAR MODERNO

Tendo um amigo na cidade que nos acolhe, é sempre mais fácil de organizar as nossas visitas ... mas também de descobrir espaços que os turistas normais não têm o prazer de conhecerem ... e é o nosso caso aqui em Buenos Aires.

Assim combinámos jantar com o nosso amigo Max. Depois de uma rápida passagem por casa e de tomarmos duche e mudarmos de roupa, voltamos a sair e a ir para o restaurante Joanna M.

Situado em plena zona baixa do bairro de Recoleta, este discreto mas muito interessante restaurante, foi o remate perfeito para este dia dedicado à Buenos Aires Cultural. Sendo um local de boa e moderna cozinha argentina, o melhor é o espaço e o convívio que permite. No meio de uma galeria de quadros contemporâneos numa semi-cave de um edifício de princípios do século XX, são assim servidos jantares, onde o redesenho simples mas eficaz da cozinha tradicional argentina e o excelente vinho argentino se torna o centro de todas as atenções.

Não fora o reencontro e aniversário do nosso amigo (Parabéns Max, agora via blogue), este seria de facto o ponto perfeito para terminar a noite com mais alguma shoras de excelente conversa ... mas não foi ...


00:30 UM BAR SOFISTICADO

No meio de Recoleta pararam os taxis que apanhámos no restaurante ... e seguindo o Max rumámos até um edifício antigo, entrámos por um arco e depois por uma porta que existia no meio desse arco ... e subindo umas escadas de desenho arte nova, chegamos ao bar Otoño en Milion.

Este bar situa-se numa inacreditavelmente bonita e clássica casa argentina, que foi magistral e sofisticadamente transformada por uma intervenção arquitetónica contemporânea, para acolher um bar de cocktails. A música calma e no volume certo, as bebidas com o sabor exacto e a decoração perfeita, fizeram com que quase nos tivessem de expulsar do espaço ... pois aqui sim, a conversa fez com que perdessemos a noção das horas, de tão boa que estava.

Foi assim que terminou mais um dia ... mas foi em grande!

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