GIRO AL NORTE | EM DIRETO - DIA 9




CASTELLO, MUSEUS E O BRUNCH DE DOMINGO

Chegámos ao nosso último dia de viagem e está na hora de fazer as malas e efectuar o check out deste fabuloso hotel milanês. De facto este J24 Hotel em Milão é um dos mais interessantes, modernos hotéis que estivemos ultimamente e que tem uma relação preço qualidade muito favorável.

Mas nesta última manhã em Milão (pois o nosso voo só parte de Bergamo às 17.40h), decidimos aproveitar os últimos cartuchos e ir visitar o tão grandioso Castello Sforzesco. Este é o icónico castelo da cidade, mandado construir pelos Sforza quando conquistaram a cidade no século XV. Aqui, além de visitar o castelo em si, pode-se ver um conjunto de museus da cidade. Melhor que tudo é que o bilhete é único para tudo.

Assim, e novamente sem filas, compramos as entradas e dedicamos toda a manhã a percorrer as salas de três dos inúmeros museus desta imensa fortificação. Infelizmente a qualidade das coleções não corresponde à qualidade da técnica expositiva. Parece que fizemos uma viagem no tempo, em que tudo está mal iluminado, a técnica expositiva faz lembrar os anos 1980s (em que quanto mais objetos estiverem em cima uns dos outros, melhor), a arquitetura da exposição em si está completamente desadequada e até os textos de apoio e as legendas estão apenas escritas em italiano. Com tão boas coleções (sim as coleções são verdadeiramente boas) é uma pena que estes museus estejam tão ao abandono ... mas é com um sabor a pouco que os visitamos e que passamos por lá esta manhã.

No final desta visita, decidimos atravessar o vizinho Parco Sempiore, e mesmo em frente ao Arco della Pace (um arco triunfal que marca o eixo de entrada no parque que antecede este castelo de Milão, está a nossa última paragem da viagem: o Parco Milano.

Este pequeno restaurante de bairro tem aos domingos de manhã aquilo que nós queríamos para terminarmos esta nossa viagem: um menu de brunch com várias iguarias italianas e internacionais. Com um ambiente moderno q.b., uma cozinha descomplicada e bem feita, este brunch foi perfeito para encerrar a nossa viagem, pois foi bom e barato ... e muito milanês.




A ESPERA INFINDÁVEL PELO VOO DA RYAN AIR

Depois do nosso Brunch, rumamos ao hotel, apanhamos as malas (que tinham ficado na recepção), vamos até à Centralle, de onde partem os autocarros para o aeroporto de Bergamo (do lado direito da estação, fica aqui a informação para que os nossos leitores não tenham de andar à procura nesta imensa estação ferroviária) e vamos até ao aeroporto (outro aviso aos nossos leitores, cuidado que a viagem demora mais de 50 minutos de autocarro, por isso têm de ir com bastante antecedência).

Mal chegamos ao aeroporto começa o pesadelo que é voar na Ryan Air. Sem qualquer apoio no check in, as hospedeiras do aeroporto que fazem o handling da Ryan Air, informam-nos (de maus modos, diga-se) que temos de fazer novamente o check in (apesar de já o termos feito online, mas por qualquer razão que não percebemos temos novamente de ir às máquinas repeti-lo ... mas as máquinas também só aceitam o segundo check in com o check in online feito... vá-se lá perceber esta lógica) e corremos a despachar as malas. Que em si também é um processo autónomo dos passageiros, e a confusão reina ... novamente tudo com uma assistência deficiente e mal humorada (aliás o recibo de uma das malas não saiu e a resposta que tivemos da assistente foi que devíamos então voltar novamente para o final da fila infinita para reclamarmos o recibo que devia ter saído e não saiu. Enfim ... já um pouco irritados com toda a situação, entramos para a zona de embarque e só aqui é que descobrimos que o nosso voo está atrasado (porque nos painéis exteriores estava tudo a horas). Ora de atraso em atraso e sem qualquer forma de obter qualquer explicação de alguém, pois não há qualquer balcão de informações à vista, o voo atrasa-se mais de três horas.

Assim, e sem qualquer possibilidade de sair dali, ou de reclamar o que quer que seja, ou sequer de saber de alguma informação sobre o voo, esperamos horas infindáveis sentados na zona das portas de embarque. Já o dissemos no voo inicial desta viagem: voar na Ryan Air não compensa. Nem em termos de preço, pois a mala suplementar (que se torna essencial, quando a mala de cabine permitida não pode ter mais de 25x25x40cm de dimensões, o que faz dela um volume menor do que os sacos de compras normais, obrigando assim a comprar a mala de porão para quem vai em viagem de turismo) faz com que o voo fique ao preço da TAP ou de outra companhia de aviação regular, e para além disto, o serviço aos passageiros é péssimo e deficiente, tratando-os com um desrespeito digno da pior companhia aérea low cost do mundo ... tal como a Ryan Air tem sido classificada nos últimos anos.

Enfim, não fora esta uma viagem espectacular e esta aventura desgraçada na Ryan Air tinha-nos ensombrado esta primeira Viagem de Inverno em Direto ... mas não ensombrou, porque Itália é uma país lindíssimo, porque por onde passámos apanhámos sempre excelente tempo (inclusive alguns dias de sol que parecia primavera) e, porque estamos em pleno Inverno, visitámos tudo o que quisemos (ou quase tudo, pois houve as excepções das Galerias Ufizzi e dos Silos Armani) sem filas e sem multidões de turistas. Esta foi mais uma viagem incrível que organizámos e a primeira viagem que fizemos e desenhámos explicitamente para o Inverno. Foi um sucesso ... quer em termos de audiências, quer em termos da viagem em si. Gostámos, descansámos e recuperámos forças para voltarmos ao trabalho com força e energia para produzirmos melhor ao longo do resto do ano ... ou pelo menos até à nossa próxima viagem!


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