NOS TRILHOS DE VERA CRUZ | EM DIRETO - DIA 12


A PARTIDA DO PARAÍSO

Foi com alguma pena que deixamos este paraíso terrestre de seu nome Fernando de Noronha. Depois de mais um pequeno almoço tomado no alpendre da nossa Pousada Alamoa, mais uma vez feito ao nosso ritmo e à nossa vontade pelas simpáticas empregadas, damos dois dedos de conversa com a contagiante Dora (dona da pousada), que nos explica o porquê de não nos ter recebido no primeiro dia ("a ilha atravessa um período que todos temos de nos mobilizar, por isso estive todos os dias em reuniões até hoje, mas não quis deixar de nos cumprimentar pessoalmente antes de partirmos) e carregamos as malas no buggy amarelo e rumamos até ao aeroporto.

O pequeno aeroporto está repleto de pessoas, mas tudo se passa num ápice, pois toda a logística é feita rapidamente pelos poucos funcionários no local. Tudo é simples, calmo, sereno e tranquilo, sem pressas, mas resolvido a tempo, pois estamos numa pequena estrutura e tudo se resolve com dois passos de distância e a simpatia destes funcionários locais.

É uma boa despedida esta de Fernando de Noronha, que só fica completa, quando o pequeno avião da Azul sobrevoa a ilha e a revemos de uma visão aérea, como um paraíso que nos faz lembrar a ilha da "Terra do Nunca" de Peter Pan, verde e de cumes acentuados, no meio de um mar turquesa e esmeralda, antes de atravessarmos as nuvens e voltarmos ao nosso mundo!






NOVOS VOOS E AS VISITAS INESPERADAS

Chegados ao aeroporto do Recife, voltámos à resolução do problema dos voos cancelados da Avianca e então a pedirmos as cartas declarativas de que o voo tinha sido cancelado. Prontamente nos são dadas, e fazemos então o check in nos novos voos da Azul que nos levarão ao nosso próximo destino: Brasília.

Mas porque a nossa escala se tornou demasiado longa, decidimos almoçar no aeroporto e chamar um Uber para podermos dar um passeio pelo recife e por outro destino vizinho: a famosa e histórica cidade de Olinda.

O que se seguem são duas horas e meia de passeio com um simpático Jackson, que nos explica que não conhece muito bem ambas as cidades, mas que vai fazer o seu melhor. Simpático, diligente, surpreende-nos com uma passagem pelo centro de Recife mostrando-nos a sua marginal, o famoso marco zero das estradas do estado e alguns dos seus bairros mais conhecidos. Explica-nos um pouco a forma como a cidade se organiza, os bairros difíceis, conta-nos histórias pessoais de aventuras com o crime que há na cidade e diz-nos que é um aficionado de motas.

No meio de uma conversa animada chegamos à cidade de Olinda. Aqui sentimo-nos em casa, pois o centro histórico de Olinda é uma autêntica vila tradicional portuguesa, com ruas estreitas, pequenas contruções habitacionais baixas, de várias épocas e estilos diversos, com as suas igrejas nos pontos mais altos e as suas ruas empedradas ... mas tudo com muita cor!

Sim, tudo nos soa a muito familiar, mas só que com muita cor. Vermelhos, amarelos, verdes, e rosas, azuis ou liláses, não importa que tonalidade ou que mistura, mas tudo tem cor. Exceptuando o forte octogonal e as igrejas, ambos pintados de branco. É uma sensação estranhamente familiar, mas igualmente muito brasileira e tropical.

O centro da cidade é bonito, mas temos de voltar, pois como nos explica o simpático Jackson "o trânsito vai apertar", e não quer que os seus primeiros clientes portugueses percam o avião!

Assim é, chegamos a tempo ao aeroporto e embarcamos para São Paulo Guarulhos e daqui para Brasília onde chegamos já perto da meia noite.



O HISTÓRICO PALACE HOTEL

Depois de várias horas de aeroportos e de voos, chegamos à capital federal do Brasil e percebemos que estamos numa cidade nova.

As dimensões do aeroporto, das avenidas ou dos jardins são descomunais. Tudo aqui tem um tamanho superior ao que se possa esperar, e uma avenida pequena tem três faixas em cada sentido e um parque igualmente largo como separador central.

O nosso Uber conduz-nos até ao nosso destino final de hoje: o histórico Palace Hotel. É neste monumento nacional, desenhado pelo próprio Oscar Niemeyer, como o primeiro hotel da cidade, que vamos pernoitar e vai ser uma noite descansada no meio do melhor design de estilo brasileiro modernista e futurita, como só em brasília e como só Oscar Niemeyer conseguiram imortalizar.

Dormimos num Hotel histórico e com muita história, mas amanhã exploramos melhor este edifício e todos os encantos deste e da sua monumental cidade!

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