O NOVO EXPRESSO DO ORIENTE | DIRECTO - DIA 5


09:00 Adeus a Jacarta

O dia de hoje começa com mais uma viagem de avião que nos vai levar desta metrópole de mais de 23 milhões de habitantes, para um cenário bem diferente: a Selva de Sumatra.

Toda esta agitação, todo o caos organizado e todo este ambiente urbano algo cinzento, mas cheio de charme de Jacarta, vai ficar para trás.

Normalmente no ocidente os habitantes das cidades são menos simpáticos e hospitaleiros do que os rurais, será que aqui é assim (é que aqui a simpatia dos habitantes de Jacarta já é bastante grande)? Será que a multiplicidade visual e cromática digna das grandes cidades cosmopolitas vai dar lugar a um monoculturalismo digno das zonas mais rurais?

Dentro de poucas horas vamos poder atestar tal realidade!


11:00 O Terminal Nacional de Jacarta

Com medo do muito afamado trânsito da capital indonésia, rumámos num transfer até ao aeroporto, mas felizmente não apanhámos nenhum dos gigantescos e habituais engarrafamentos. Assim chegámos rapidamente ao Terminal 2 do aeroporto de Jacarta onde opera a companhia nacional da Indonésia: a Garuda.

Depois de fazermos o check in e de pagarmos o excesso de bagagem (é que os voos nacionais têm direito a menos quilos que os internacionais, logo, as nossas malas que estavam dentro dos parâmetros internacionais, não cumpriram o limite nacional ... aqui fica o aviso "à navegação") demos uma volta pelas lojas do aeroporto e rumámos à porta de embarque.

Esperámos pela hora do embarque no avião da Garuda que nos iria levar até Bandar Lampur, em plena Sumatra e embarcámos.


14:15 A Ilha de Sumatra

Mal entrámos no avião reparámos que eramos os únicos ocidentais a bordo, dando desde logo o sinal do que iríamos encontrar na Ilha de Sumatra. Quando chegamos ao pequeno aeroporto de Bandar Lampung (onde só existe um avião para lém do nosso) constatamos que somos os únicos ocidentais (seguramente) num raio de muitos quilómetros.

No caminho até ao Satwa Elephant Lodge (mesmo à porta do Parque Nacional Way Kambas), onde vamos ficar, faz-nos mergular numa outra realidade, bem distante daquela de Jacarta que deixámos há bem poucas horas.

Esta zona da ilha é bastante rural, com povoações muito estendidas territorialmente, desenvolvendo-se essencialmente ao longo das estradas que percorremos a grande velocidade. As casas, na sua maior parte são pobres, o transito é caóticamente organizado, quer em contexto urbano, quer fora dele, a paisagem é de uma ruralidade, cheia de campos cultivados e com uma constante de palmeirais, couqueirais e mangais, e uma particularidade salta ao nosso olhar de ocidentais: ao longo das estradas e em frente a qualquer casa estão bandeiras das mais diversas cores.

Chegámos à Indonésia profunda!


16:00 Satwa Elephant Lodge

Depois de mais de 1h 30m de caminho por estradas principais e secundárias chegamos ao local onde vamos pernoitar em Sumatra: o Satwa Elephant Lodge.

É o alojamento mais perto do Parque Natural que vamos visitar nestes dois dias e é composto por um conjunto de cabanas feitas de madeira e com telhados típicos desta zona., no meio de um grande jardim tropical, com um relvado no meio a unir todas as cabanas e zonas sociais.

O ambiente que se vive é de calma e de paz. Os únicos sons que existem são os da Selva e de uma galinha e respectivos pintos que se passeiam pela propriedade. É o local perfeito para acentuar o contraste entre a agitada e frenética metrópole em que acordámos e a nova realidade natural da Selva de Sumatra onde nos encontramos agora e nos próximos próximos dias.


17:00 O Parque Nacional de Way Kambas

Depois de um pequeno repouso seguimos então para o muito próximo Parque Natural de Way Kambas.

Este parque é conhecido pela sua grande população de Elefantes de Sumatra, pelo seu santuário de Rinocerontes (que por terem apanhado uma epidemia não poderemos visitar, conforme nos avisam assim que entramos na porta do parque os guardas deste) e pela sua colecção de macacos.

Enquanto nos dirigiamos ao Santuário dos Elefantes, dizem-nos que o parque tem duas zonas distintas: a zona da entrada que é de floresta tropical secundária (mais jovem, porque até aos anos 1950 o governo de então autorizou a desbastação de parte da floresta tropical principal pelas suas madeiras valiosas) e uma zona mais profunda (que visitaremos amanhã) com floresta tropical crescida e mais antiga e, consequentemente, de maior valor natural.


17:30 O Santuário dos Elefantes

O afamado Santuário dos Elefantes é um pequeno conjunto de casas (não mais do que 10) junto às quais os Elefantes se juntam, nos campos vizinhos para se alimentarem, e serem lavados pelos seus cuidadores.

Depois do Jeep parar vamos então para junto do principal campo onde se concentram os animais e temos uma visão mágica: num imenso descampado, dezenas de Elefantes Machos e Fêmeas e Elefantes bébés encontram-se para se alimentarem da comida que aqui lhes é dada. Há no entanto um detalhe interessante: para que os animais não apanhem doenças, os seus cuidadores acendem pequenas fogueiras para que o seu fumo afaste os insectos (os principais transmissores de doenças por estas bandas). Este aspecto cria uma atmosfera mágica de cheiros e de ambiente. Em plena selva tropical, um descampado imenso cheio de fumo entre os quais se vêem um número significativo de Elefantes ... tudo a menos de 10 metros de distância!

É um momento incrível.


18:00 Um Passeio de Elefante na Selva

Para finalizar esta visita (e o dia) fazemos um passeio de uma hora em cima de um elefante (um para cada um de nós) que nos permite ver o pôr do Sol em plena Selva em cima desse enorme e muito sereno, vagaroso, simpático e magestático animal.

A primeira sensação é de nervosismo, pois é uma experiência nova, mas ao fim de uns minutos habtuamo-nos e relaxamos, conseguindo assim começar a apreciar a paisagem. Durante este passeio atravessamos vegetação baixa, vegetação mais alta e no final culmina-se com o atravessamento de um pântano (a situação que mais impressão causa, diga-se).

A visão do Pôr do Sol por trás das altas copas das árvores, criando no céu uma miríade de cores que ligam o azul celeste e o laranja, a sensação de tranquilidade absoluta e a emoção de se estar em cima de um elefante, faz deste o momento ideal para encerrar este dia.

Por hoje encerramos o dia, pois voltamos para o lodge onde jantamos e depois vamos para a cabana dormir, pois amanhã o levantar é bastante cedo para se poder cumprir todo o programa.

1 Reality Comments:

também quero... :) saudades. beijo e divirtam-se!! estou a adorar a viagem! parece que estou nela!! :)