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ESPECIAL VIAGEM DE INVERNO 2020 EM DIRETO | GIRO AL NORTE - O PERCURSO, OS TRUQUES E OS ÚLTIMOS PREPARATIVOS


Conforme revelámos ontem, este ano as nossas Viagens Em Direto começam mais cedo ... é que vamos ter a nossa primeira Viagem de Inverno em Direto: a Giro Al Norte.

Ontem revelámos o destino (que como o próprio nome indica é o norte de Itália) e hoje vamos revelar as cidades que vamos percorrer nos nove dias que dura esta viagem de Inverno, que começa já no próximo sábado dia 1 de Fevereiro.


O nosso percurso vai ser feito parte de carro e parte de combóio, para podermos visitar vários locais míticos desta famosa região italiana. Verona, Mantua, Florença, Pisa, Parma, Modena, Bolonha, Veneza e Milão serão os principais centros que vamos visitar, nesta viagem que nos vai levar a conhecer mais profundamente uma das mais ricas regiões do globo.

A riqueza desta zona de Itália não fica apenas pelo seu património histórico construído, mas também pela sua gastronomia, pela sua cultura e pelos seus musues. Assim esta viagem inclui isso tudo e muito mais, pois há muito para ver neste norte de Itália.


Assim numa região tão rica, o truque é fazer pré compra de tudo o que se pode e reserva de todos os restaurantes que se pretende. Mas infelizmente nem todos os monumentos aceitam vender entradas com antecedência, e nem todos os restaurantes que queremos ir aceitam reservas. Assim deixamos aqui uma dica: ter sempre planos alternativos quando se trata destes momentos, pois nunca se sabe se algo pode correr mal ... e se correr, já se está preparado com o tal plano B (quer seja de refeição bem pensada e no timing correto, por forma a não prejudicar o dia de visitas, quer seja de visita de monumento, que caso um não seja possível entrar, outro perto já está pensado).

Ora este truque do plano B é um dos truques que mais usamos nestas viagens em que nem tudo pode estar programado com antecedência, pois permite não perdermos tempo, e tudo correr de acordo com as expectativas.


Como preparativos de última hora, deixamos aqui outro aviso: avisamos sempre os hotéis que reservamos do nosso horário de chegada (principalmente quando é muito tardio), porque assim evitamos problemas de check in e de acesso aos quartos (quando os hoteis não têm recepção 24h, é mesmo essencial tomar esta precaução).

Ora é assim que chegamos ao final deste nosso segundo artigo sobre a nossa primeira Viagem de Inverno em Direto de sempre, que começa já no próximo sábado e que nos deixa completamente ansiosos de começar a fazer as malas e partir para este Giro al Norte.

ESPECIAL VIAGEM DE INVERNO 2020 EM DIRETO | GIRO AL NORTE - O CONCEITO O DESTINO E AS DATAS


Este Ano de 2020 começa com uma grande surpresa: as nossas já tão conhecidas viagens e escapadelas vão ser muito mais frequentes e com conceitos mais diversos. Se já somos conhecidos pelas nossas Viagens de Verão em Direto e se muitos já nos seguem nas nossas Escapadelas de Fim De Semana Prolongado, agora vamos trazer aqui um novo tipo de viagens: as Viagens de Inverno.

Sim já não é só no Verão que se viaja e há locais no mundo que é melhor visitar no inverno. Por isto decidimos que vamos trazer aqui também viagens que vamos fazer, na estação mais fria, e que queremos partilhar convosco, aqui, em exclusivo e em direto, como sempre fazemos.


O conceito desta viagem, é ir a destinos que não precisam de ser visitados no Verão para serem bonitos, ou que ficam ainda mais bonitos no Inverno. Assim escolhemos o mágico Norte de Itália para inaugurar este nosso novo conceito de Viagens.

Nesta primeira Viagem vamos assim a um dos maiores destinos turísticos do mundo, e vamos em época baixa. Isto não só permite evitar grandes filas em monumentos e museus, como também conseguir preços de hotéis mais baratos, viver as cidades que vamos visitar como vivem os locais (ou seja sem o mar de turistas que invade Itália na época alta) e assim conseguir ter uma experiência mais autêntica e completa.


É por isso que escolhemos o mês de Fevereiro para tal viagem, pois assim, conseguimos o bom dos preços baixos, mas ao mesmo tempo ter acesso a alguns eventos que marcam o calendário doesta região nesta época do ano ... mas disso falaremos amanhã. Para já anunciamos que a partida é já daqui a uma semana, por isso preparem-se que vamos fazer um Giro al Norte ... e vai ser maravihoso!

Por hoje ficamos por aqui e muito contentes de poder partilhar esta novidade que já preparávamos há alguns meses e que nos deixa muito contentes, pois as #AndThisisRealityTravels estão a crescer e conseguimos levar connosco todos os nossos leitores!

GIRO AL NORTE | EM DIRETO - DIA 1


A PARTIDA

O dia da partida desta nossa primeira Viagem de Inverno chegou e portanto foi hoje logo pelas 08:30 da manha que o nosso Giro al Norte começou. Como quase todas as nossas viagens, esta também começou por uma ida até ao aeroporto de Lisboa, onde apanhámos o voo da Ryan Air com destino a Bergamo.

Apesar de esta ser a maior companhia aérea low cost do mundo, com todos os extras que cobra, o preço dos bilhetes fica sensivelmente ao mesmo preço da viagem numa companhia normal ... mas quando estamos a programar a viagem e a fazer o respectivo orçamento, nao resistimos aos preços baixos. Somos de facto sensíveis aos truques do marketing.




A BELA CIDADE DE VERONA

Depois de um voo bastante clamo, com um serviço regular chegamos ao aeroporto de Bergamo, onde rapidamente conseguimos levantar o carro da rent a car que escolhemos... e fazemos-nos à estrada. Ainda em plena autoestrada paramos numa estação de serviço e matamos a nossa fome (que já era bastante, ou não fossem quase 15h locais) com umas focaccias e uns snacks. É quase um crime num país com tanta riqueza gastronómica almoçar uma comida tão de plástico ... mas estávamos sem tempo para chegar ao nosso primeiro destino de hoje: a bela cidade de Verona.

Esta cidade, já dentro da região de Venetto´foi imortalizada pela icónica obra de William Shakespear Romeu e Julieta ... e é exactamente a suposta casa de Julieta que é a nossa primeira paragem. Chegamos já de noite a esta simples, mas bonita casa veronesa. Aqui a estrela é a estátua da Julieta (que não há turista que não tire uma foto com ela) e a famosa varanda de onde namorou o seu Romeu.

Já o interior da casa não tem grande história, pois apesar de ser uma casa antiga, os seus interiores estão bastante despojados e a visita em si não tem grande interesse. Fica a curiosidade de ter visitado o local e a belísisma varanda.

Depois desta visita (que é bastante rápida), damos ainda uma volta pelo centro histórico da cidade, onde vemos a nobre Piazza Delle Erbe, a imponente Torre Dei Lamberti, a também bonita Piazza Dei Signori, e a discreta Casa de Romeu. Este pequeno passeio (já de noite) pela cidade deu-nos uma boa ideia da beleza discreta e subtil da cidade. Foi uma pequena cidade, com alguma importância e alguma nobreza, que está bem conservada, quer nos seus edifícios, quer nos monumentos, mas essencialmente no seu charme.



O JANTAR EM MÂNTUA

Mas depois do passeio nocturno por Verona, voltamos ao carro e à autoestrada, para irmos até Mântua e ao discreto, mas interessante restaurante Casa de Ferrucci. Este restaurante, onde jantámos hoje está situado nos arredores da cidade de Mântua (não deixar de entrar na cidade e fazer a ponte fronteira ao imponente castelo quinhentista) numa pequena vila - Rivalta Sul Mincio.

O espaço é moderno e sofisticado sem ser pretensioso, a simpatia do serviço é a inquestionável, a carta é interessante e a comida é correcta. Sim apenas correcta. Não estava mal feita, mas nao houve nada que nos arrebatasse. Excepção feita a uma sobremesa de dois salames (um de doce de leite e outro de chocolate negro) com creme de ovos e natas (suberbamente leve). O vinho, já foi outro campeonato, pois apesar de ser o vinho da casa, era excepcionalmente aromático e super frutado, mas levíssimo e cheio de nuances na boca.

Já o preço foi de facto o correcto, pois com entrada, prato, sobremesa e vinho e cafés, pagámos menos de 30 euros por pessoa.

É depois deste repasto (que mais conversa, menos vinho) demorou cerca de três horas, que voltamos à estrada e rumamos ao nosso hotel de hoje: o hotel Aline em pleno centro histórico de Florença. Sim vamos dormir nesta mítica cidade, pois amanha o nosso dia vai ser entre alguns dos monumentos mais célebres de Itália, da Europa e do Mundo. Mas do hotel e de Florença falaremos amanhã!

2 ILHAS E 1 IMPÉRIO | EM DIRETO - DIA 16


12:00 A PARTIDA DE ATENAS

Foi uma manhã calma e relaxada esta que tivemos neste nosso 16º dia de viagem. Acordámos mais tarde, fomos tomar um pequeno almoço mais relaxado, fechámos as malas e viemos até ao aeroporto internacional de Atenas, para deixarmos as duas ilhas da nossa viagem e rumarmos ao império.

Ora como dissemos aqui há uns dias atrás, conforme fomos informados pela companhia aérea que nos vai transportar da Grécia para Itália, tivemos de fazer um teste de Covid-19, que supostamente seria para apresentar no check in à partida da Grécia para Itália, mas tal não aconteceu. Achámos estranho ... mas seguimos para a porta de embarque.

É assim que, num aeroporto quase vazio, embarcamos para a terceira parte desta viagem: o antigo Império Romano.


14:00 A CHEGADA A NÁPOLES

A nossa entrada em Itália, como poucos poderão adivinhar, não se faz pela sua capital, nem sequer pelas grandes cidades do Norte (onde já estivemos este ano, em Fevereiro, mesmo antes da chegada da Pandemia à Europa, na nossa viagem Giro Al Norte, que podem ver aqui), mas é feita sim pela cidade "capital do sul" - a Bela Nápoles.

Aqui chegados, percebemos que estamos num outros sistema social e organizacional. Desde o maior à vontade das pessoas em termos de precauções com a pandemia, até ao guarda que à nossa saída do aeroporto nos questiona de onde chegámos, ao que respondemos que da Grécia, e só então, connosco quase já fora do aeroporto, nos referem que temos de fazer um teste para entrar em Itália, ao que respondemos que já trazemos o teste da Grécia e, sem nos pedirem para ver esse tal teste, ou sequer perguntar pelo resultado, nos dizem que então podemos passar, acabando no caos que é levantar um carro na Europcar do aeroporto, pois o carro que reservámos não há (a não ser que estejamos disponíveis para esperar até ao final do dia para ver se surge algum ... mas mesmo assim não garantem!!!), e só têm disponível um carro de classe inferior ou superior (o inferior teremos de pedir o reembolso à agência que nos fez a reserva, já o superior teremos de pagar o excesso ali mesmo ?!?!?!), tudo se altera muito rapidamente assim que saímos do avião.

Se a Grécia, e principalmente Atenas, já não é um modelo de organização social e funcional, Nápoles então é outro mundo que mais faz lembrar paragens mais longínquas do outro lado do mediterrâneo. Mas depois da adaptação ao caos e às confusões todas no aeroporto, surge outra adaptação necessária: conduzir em Nápoles. Aqui faixas de rodagem, sinais luminosos ou mesmo sentidos de circulação, são "meras indicações gerais" para o trânsito, criando assim uma situação de caos semi organizado, pelo qual vamos ter de conduzir nos próximos dias.

16:00 O HOTEL DE CHARME

Aqui chegados a esta parte da viagem, e porque o Império Romano foi uma alteração de última hora, pois a pouco menos de 48h de partirmos tivemos o cancelamento dos voos entre a Grécia e a Turquia, para onde íamos a seguir a Atenas, e portanto tivemos muito pouco tempo de preparação deste nosso percurso em Itália, dirigimo-nos, pela primeira vez nesta viagem, a um hotel de charme, que vai ser o nosso alojamento em Nápoles durante os próximos dias: o Decumani Hotel de Charme.

Localizado em plena zona de tráfego restrito do Centro Histórico da cidade, este hotel ocupa um edifício originalmente construído no século XVII para ser um convento, e que hoje foi transformado num pequeno hotel de charme com poucos quartos, mas com muito dos seus elementos arquitetónicos originais bem recuperados e excelentemente integrados nesta sua nova valência funcional.

Foi assim que começámos a conhecer a cidade, através de um edifício lindíssimo, com uma história centenária e que nos deu logo a perceber uma coisa: estamos numa cidade cheia de história e que foi capital de um dos mais importantes e mais ricos reinos italianos que resultaram do antigo império romano: o Reino de Nápoles.





19:00 O PALÁCIO REAL, AS GALERIAS E A VIA TOLEDO

Mas, por mais que o hotel seja histórico e recheado de salas lindas, ficamos apenas o suficiente para estacionar o carro num parque de estacionamento vizinho (pois nesta zona do centro histórico estacionar da rua é impossível), fazer o check in e deixar as malas no quarto ... e saímos para a primeira visita deste dia.

A rica história do Reino de Nápoles está por toda a parte mas o nosso foco nesta tarde são três espaços: o Palácio Real, as galerias Umberto I e o mais cosmopolita Palazzo Zevallos Stigliano. Estes três espaços são os três símbolos diferentes da glória passada desta cidade monumental. Se o primeiro é um verdadeiro palácio real, com tudo o que se pode pedir, desde os tetos e paredes trabalhadas e repletas de frescos maravilhosos, até ao mobiliário e objetos de decoração incríveis, já a segunda é uma galeria comercial (num estado bastante menos glamourosa do que a sua irmã de Milão, mas igualmente bela) que nos transmite a importância e a dimensão que esta cidade teve no século XIX e a sua riqueza enquanto interposto comercial de todo o sul da península italiana, enquanto que o terceito é um pequeno edifício de princípios do século XX, quando a grande avenida comercial do centro - a Via Toledo - é construída com um sentido de modernidade e de expansão da cidade.

Estas são três épocas da cidade histórica de Nápoles, que passamos revista neste final de tarde, e que nos levam a perceber um pouco a sua dimensão histórica, cultural e simbólica neste que foi um reino resultante do Império Romano, ao qual nos iremos dedicar nestes últimos dias da nossa viagem.




23:00 NÁPOLES: A CAPITAL GASTRONÓMICA DO SUL

Mas visitar Nápoles é visitar um dos templos gastronómicos da cozinha italiana. Há quem defenda que a melhor e mais autêntica cozinha italiana está no Sul e que Nápoles é a sua capital e expoente máximo.

Assim escolhemos o modesto, moderno e simpático Nam 43 para iniciarmos este nosso passeio pela gastronomia napolitana. O local é perfeito, pois é um apequena e tradicional taberna, totalmente remodelada e modernizada de forma informal e descontraída e que tem uma pequena esplanada no passeio em frente, onde nos sentamos para apreciar a espetacular noite de calr que está. Já em termos gastronómicos, as nossas escolhas recaem logo sobre dois dos pratos mais típicos: um excepcional Spaghetti alla Napoletana e Polvo alla Luciana. Os dois estão feitos divinalmente e são o início perfeito para a nossa primeira incursão na genial cozinha napolitana.

É assim que chega ao fim o nosso primeiro dia no Império Romano ... ou como se chama actualmente, em Itália!

VIAGEM DE VERÃO EM DIRECTO 2020 | O GRANDE STRESS DA GRANDE MUDANÇA

 


Pois neste contexto actual em que viajar é algo raro, um dos maiores desafios que encontrámos foi exactamente uma instabilidade imensa nas regras de fronteiras. Não que passassem a proibir a entrada, mas as regras mudam constantemente.

Ora em consequência desta constante mudança das regras de entrada nos países, há um conjunto de mudanças em catadupa, que influenciam todo o mundo das viagens. Um desses efeitos é a instabilidade nas passagens aéreas ... e nós, hoje, mesmo antes da partida, fomos vítimas disso.

Para os mais atentos, já repararam que o nosso símbolo da viagem mudou, desde o fim-de-semana até hoje, e esta mudança gráfica deve-se a já não irmos à Turquia nesta viagem, mas sim a Itália. Sim a menos de 48h da partida da viagem tudo mudou e nós tivemos de aplicar às nossas muito bem planeadas viagens, a teoria do "pensa rápido".

A nossa lógica para substituição da Turquia por Iitália foi a seguinte: se não vamos à Turquia, já não temos o Império Otomano na nossa viagem, mas podemos ter o (também ele antigo) Império Romano, na nossa viagem.

Assim, depois da nossa viagem ao Norte de Itália - Giro al Norte - no início deste ano (que podem ver aqui) escolhemos um itinerário em que o Sul de Itália (zona que nenhum de nós conhece) vai ser a estrela.

Assim, da simpática Atenas, voamos diretamente para muito dramática Nápoles e é daqui que visitaremos toda a famosa Costa Amalfitana, as míticas ruinas romanas próximas (como é o caso das cidades de Pompeia e Herculano) ou a luxuosa e muito exclusiva ilha de Capri.


Por último, rumamos uns dias até à Cita Eterna, para aproveitarmos e conseguirmos ver locais que temos visitado já várias vezes  nas nossas viagens, mas desta vez sem as multidões de turistas habituais. Este foi mesmo um destino final de desejo, para conseguirmos rever o Museu do Vaticano sossegados e com tranquilidade, ver a mágica Fontana di Trevi sem os 1500 chineses à frente, ou aproveitarmos a zona do Travestere como os verdadeiros romanos.

À última hora tivemos um grande stress ao sermos obrigados a alterar o nosso destino final desta viagem (por cancelamento de 4 dos 6 voos que tínhamos com a Turkish Airlines... #notcool), mas afinal a viagem continua espetacular e trocámos um antigo império por outro, e a "Roma do Oriente" (como era conhecida Istambul, ou Constantinopla, como era chamada na antiguidade), pela "Roma do Ocidente". Agora sim ... estamos de malas feitas e amanhã encontramos-nos às 20h no aeroporto! 

GIRO AL NORTE | EM DIRETO - DIA 3




ARRIVEDERCI FIRENZA, CIAO PISA

Esta foi a nossa última noite na delicada cidade de Florença, pois logo a seguir ao pequeno almoço, voltamos à estrada e rumamos ao nosso próximo destino: a vizinha cidade de Pisa.

Pelo caminho, entre autoestradas e estradas regionais, apreciamos a magnífica paisagem da famosa região da Toscânia, onde as paisagens cultivadas pontuadas por villas rodeadas de ciprestes, são uma constante. Apesar de ser inverno, é uma região lindíssima, e que faz falta percorrer de carro, passar pelas pequenas terras e apreciar o seu ritmo e estética de vida.

É neste contexto que chegamos a Pisa, cidade conhecida por apenas uma coisa: a sua famosa torre inclinada. É para lá que nos dirigimos logo à chegada, e ´r com muita sorte que encontramos um lugar de estacionamento, mesmo a 100m da entrada da zona monumental. Esta nossa chegada foi absolutamente perfeita, tal como foi a nossa subida à icónica torre (que comparativamente à subida da torre de Florença, na véspera, foi "brincadeira de meninos"), ou a nossa visita à catedral. Tudo decorreu sem filas, sem esperas e sem multidões de turistas. O único detalhe menos perfeito foi a multa que encontrámos no para brisas do nosso carro de aluguer, pois excedemos os 30 minutos de parqueamento permitido na zona onde deixámos estacionado o nosso carro ... mas enfim, isso foi apenas um detalhe.



A CIDADE GOURMET

Recolhemos a multa para depois pagar via internet, e seguimos para a nossa paragem de almoço: já na cidade de Parma. Pouco depois de 60 minutos de estrada chegamos a esta famosa cidade e deparamo-nos com um sinal da UNESCO que nos informa que estamos a entrar numa região classificada pelos seus produtos gastronómicos. Concluímos que escolhemos bem a nossa paragem de almoço. Mas melhor ficamos impressionados quando chegamos ao local onde decidimos almoçar: a Salumeria Garibaldo.

Esta loja gourmet faz juz à classificaçao da cidade como património da humanidade pelos seus produtos e cultura gastronómica. Assim aqui decidimos não só provar alguns dos pratos que aqui se servem (pois esta loja tem também uns quantos lugares para comer sentados e confortáveis), mas também fazer algumas compras de alguns produtos gourmet, nomeadamente de queijo parmesão (com várias curas) e de presunto de Parma.

Graças à simpática empregada da loja, ficamos a saber que um queijo parmesão deve ter no mínimo 6 meses de cura, e que só a partir dos 24 meses deve ser ingerido como queijo (antes disso deve ser apenas utilizado e cozinhados), pois todo o leite só perde a lactose a partir desta cura. Este é verdadeiramente um queijo especial e uma verdadeira maravilha gastronómica apurada ao longo de décadas de saber.





BOLONHA A CIDADE DO DESIGN, DO BALSÂMICO E DE PAVAROTTI

Depois da nossa pausa para almoço seguimos estrada fora, já com o tempo contado, para chegarmos à cidade que se segue: Modena. Aqui nesta cidade nasceram três símbolos da cultura mundial: a Ferrari, o Aceto Balsâmico e Luciano Pavarotti.

É por esta ordem que decidimos conhece-los um pouco melhor. Assim a nossa primeira paragem é no Museu Casa Enzo Ferrari. Aqui celebra-se o nascimento desta incontornável marca da identidade italiana, e principalmente o trabalho e o legado de automóveis e de design do seu fundador. Tendo sido aqui a primeira fábrica da marca, o Museu divide-se entre o original edifício da fábrica e um moderno e muito estilizado edifício. Se no primeiro estão os motores e as maiores maiores façanhas na F1 da marca, já no segundo está uma exposição que nos leva numa viagem pelos mais distintivos modelos da marca, desde o seu início até ao mais recente protótipo apresentado. Mas o mais divertido está no final da visita: um simulador de F1 onde se pode conduzir um Ferrari F1, em qualquer pista do actual campeonato mundial. Esta é sem dúvida uma visita que recomendamos a todos os nossos leitores.




Ora saídos do museu, ligámos ao nosso amigo Alberto (a quem muito agradecemos tudo o que nos fez e explicou), que se ofereceu para nos mostrar a sua cidade natal, e vamos até ao centro histórico a pé. Pelo caminho o nosso cisserone vai-nos explicando os vários edifícios notáveis a cidade, desde a academia militar, até à catedral ou à pequena capela. Mas a nossa tinha um destino: a loja gourmet mais antiga do mundo, ainda em actividade - a Giuseppe Giusti que foi fundada em 1605.

Especializada em Aceto Balsâmico, esta loja é o local perfeito para, com sofisticação e requinte ficarmos a saber tudo sobre este produto tão especial. Por exemplo ficamos a saber que um cada lote de Balsâmico tem um número determinado de anos de envelhecimento em barris, e que o que o distingue do vinho é que o sumo de uvas é cozido e aquecido de forma a evaporar o álcool. Ficamos ainda a saber que há regras específicas para poder produzir tal néctar gastronómico, como por exemplo que o mínimo de anos que um Balsâmico pode ficar nos barris são 6 anos, e daqui pode ir até mais de 100 anos. Pode também ser aromatizado com diversas coisas, sendo os mais requintados com figos e trufas, mas que estes só podem ser feitos com os produtos da época, daí os bons acetos aromatizados serem tão raros e caros. Na Giuseppe Giusti o Aceto Balsâmico é tratado como ouro, e de tão precioso que se torna, toda a loja está repleta de raridades e de produtos embalados e mostrados como se de uma ourivesaria se tratasse.




O JANTAR TÍPICO E A DESPEDIDA COM O LUCIANO

Já com vários sacos de Balsâmico na mão rumamos ao nosso local de jantar (escolhido pelo nosso precioso Alberto): a muito típica Trattoria Giardinetto. Localizada em pleno centro histórico, numa das mais discretas praças desta requintada cidade, está esta trattoria especializada em pratos regionais de Modena. Claro que todo o menu do jantar (vinho incluído) é escolhido pelo nosso anfitrião, mas tudo estava absolutamente divino: desde a muito típica entrada de Gnocco e Tijelle, passando pelo incrível Filetto di Manzo al Balsamico, ou acabando no clássico doce Zupe Inglese, tudo estava absolutamente irrepreensível.

Foi um jantar fenomenal, mas faltava ainda prestarmos homenagem a um dos símbolos da cidade: Luciano Pavarotti. Assim foi no meio de uma nublina intensa e persistente que, no caminho de volta ao carro, passamos pela discreta, mas muito realista estátua de homenagem ao imortal cantor lírico da cidade. É com esta nota de cultura que terminamos a nossa visita a Modena e que nos fazemos de novo à estrada (deixando o nosso incrível anfitrião em sua casa) e vamos até ao nosso destino final de hoje: a cidade de bolonha e o simpático e muito charmoso hotel Pedrini.

É aqui que pernoitamos hoje, para amanhã nos dedicarmos a explorar mais esta famosa e muito icónica cidade italiana1

GIRO AL NORTE | EM DIRETO - DIA 6


A BASÍLICA DE SAN MARCO E O ÚLTIMO CAFÉ VENEZIANO

Esta nossa manhã, a última aqui na cidade de Veneza foi ocupada a refazer as malas, a tomar o pequeno almoço, fazer o check out do nosso excelente e barato hotel San Moisé e a visitarmos talvez o último dos monumentos venezianos que nos faltava: a monumental Basílica de San Marco.

Esta incrível igreja católica, de estilo romano bizantino, pela qual passámos todos os dias a várias horas do dia e da noite, tem uma arquitetura muito própria e única. Mas é no seu interior que tem o seu maior tesouro: um impressionante conjunto de mosaicos e obras religiosas de estilo bizantino, que combinam exotismo com riqueza, equilíbrio com simplicidade, subtileza com luxo. É uma visita muito particular e que não poderíamos deixar de fazer nesta nossa passagem pela cidade flutuante.



Ora estávamos nós a sair da visita da belíssima basílica, quando um telefonema de um amigo português (preocupado connosco) nos alerta para um desastre de comboio que houve à chegada a Milão (o nosso destino final de hoje), alertando-nos também para que há perturbações nos horários dos comboios com destino a esta cidade. Como esta tarde vamos apanhar um comboio com destino a esta cidade, decidimos ir mais cedo para a estação de Veneza Santa Lucia para ver se há problemas com o nosso comboio e se precisamos de ter um plano B para esta viagem.

Mas antes de nos metermos a caminho, fazemos uma última paragem num dos locais míticos da cidade: o Café Florian. Esta instituição dos cafés venezianos, situado em plena Praça de San Marco, tem nas suas salas umas das mais bonitas salas de café do mundo. É aqui que nos despedimos da Veneza turista e rumamos então para o hotel a apanhar as nossas malas (que lá tinham ficado na recepção logo de manhã) e vamos apanhar o último vaporeto desta viagem.



O ALMOÇO POPULAR E A VIAGEM TRANQUILA

Mal chegamos à estação dirigimo-nos às informações, que nos esclarecem que as perturbações que existem é noutra linha de acesso a Milão e não na nossa, pelo que o nosso comboio partirá a horas e sem problemas.

Ora como temos algum tempo até à hora de partida do comboio (cerca de 2h30m), uma longa viagem pela frente e hoje o jantar programado é bastante tarde, decidimos ir almoçar rapidamente a um dos locais mesmo ao pé da estação de comboios: a Dalla Marisa.


Aqui chegados percebemos que estamos noutra Veneza que ainda não tínhamos conhecido: a popular. O restaurante tem apenas 13 mesas, está totalmente apinhado de italianos das mais diversas profissões e idades e o barulho que reina é de um autêntico local familiar e de bairro, onde quase todos se conhecem, mas todos se sentem em casa. Depois de 10 minutos de espera no exterior (pois era impossível esperar no interior, de tal forma estava cheio o restaurante) chamam-nos para nos sentarmos numa mesa que repartimos com dois jovens estudantes da universidade que fica mesmo ao virar da esquina. Não há carta, os pratos são-nos ditos pela empregada assim que nos sentamos na mesa e a nossa escolha foi pasta com molho de tomate e basílico e parmesão. Este é um clássico e muito popular prato, que decidimos provar num dos mais populares locais que estaremos nesta nossa viagem (temos a certeza, pois nada será mais popular do que isto) e estava divinalmente feito e excepcionalmente bem servido. Quando saímos da estação de comboios tínhamos 1h.20 minutos para almoçar, pois os 10 minutos de caminho para cada um dos sentidos, os 10 minutos de espera e o tempo da nossa refeição (a mais barata até ao momento nesta viagem, e uma das mais saborosas) não ocuparam todo esse tempo.

É assim que embarcamos no confortável e muito tranquilo e pontual comboio que nos leva até Milão, onde esta noite nos aguarda um dos pontos mais aguardados desta viagem: uma ida à Ópera no único Scala de Milão!



A ÓPERA NO SCALA DE MILÃO

Foi a horas que o comboio chegou à Stazionne Centralle de Milão e foi a horas que chegámos ao nosso hotel (excelente por sinal, mas dele falaremos melhor amanhã), mesmo a tempo de nos vestirmos e prepararmos para o programa que se seguiu: Il Trovatore no Scala de Milão.

Duas horas e meia de pura ópera, com uma encenação polémica e com uma abordagem nova a esta obra prima de Giuseppe Verdi. Boas vozes femininas (pena que as masculinas não estivessem perfeitas desde o início) a magia de um teatro centenário e mítico da ópera mundial, e um serviço de acompanhamento pelo staff do teatro absolutamente irrepreensível. Esta foi uma noite digna de ficar na memória de todos nós e foi um dos pontos altos desta viagem!



Mas claro, a seguir à Ópera, tínhamos de jantar e portanto rumámos até ao Anche e plena Via Oxilia e deliciámos-nos com uma verdadeira Pizza milaneza, diferente, substancial, mas verdadeiramente deliciosa. Não poderíamos vir a Itália e não comer pizza e este restaurante foi a perfeita abordagem a este prato tradicional italiano, pois estava muitíssimo bem feita, e tinha um twist moderno e diferente.

Gostámos muito ... e reconfortados com esta noite de luxo, viemos para o hotel para descansar e preparar-nos para um dia cheio de locais incríveis que nos espera amanhã!