2 ILHAS E 1 IMPÉRIO | EM DIRETO - DIA 6

11:00 ADEUS PORTO PIM BAY

Foi uma manhã mais descansada a de hoje, pois foi dia de fazer o check out dos nossos muito favoritos apartamentos do Porto Pim Bay.

Assim hoje é o dia em que deixamos esta ilha, e portanto foi dia também de nos despedirmos deste paraíso secreto de design e  boa arquitetura contemporânea açoriana, e deixarmos para trás um dos melhores alojamentos desta ilha. Para terminar em bem, a dona dos apartamentos veio mais uma vez ter connosco e pedir desculpas pelo contratempo da eletricidade, demonstrando toda a sua atenção, simpatia e serviço exemplar que tem e oferece aos seus hóspedes.

Mas antes de nos dirigirmos para o aeroporto para mudarmos de ilha, ainda tínhamos alguns pontos na agenda do dia.



12:00 A ESPECTACULAR CALDEIRA

Deixámos as malas na recepção dos apartamentos, e pegamos no carro e subimos ao topo da ilha do Faial. É aqui, que com um céu azul e uma vista deslumbrante por todo o caminho, que nos damos conta de uma das melhores vistas da ilha: a montanha do Pico.

Nos últimos dois dias tinha estado totalmente escondida pela tempestade que se abateu sobre estas ilhas do grupo central, mas hoje, com o céu radiante que está, ela surge em todo o seu esplendor, escala e dimensão. Mas o espectáculo visual da ilha do Pico acompanha-nos ao longo dos 25 min que demora a percorrer a incrível estrada bordejada por Hortênsias que nos leva ao primeiro ponto de visita do dia: a Caldeira Central.

Ao chegarmos ao miradouro da Caldeira do Cabeço Gordo deparamos-nos com um espectáculo visual absolutamente digno de um filme de ficção cientifica: Esta caldeira, vista deste ponto, é autenticamente um território imenso, com uma lagoa e vários penhascos, e uma floresta densa e exuberante, que observamos de cima, qual observador distante de um objecto belo e único... só que não é um objeto ou uma filmagem ou fotografia aérea, mas sim realidade está mesmo diante dos nossos olhos. A quem pense que como já vai ver as caldeiras de São Miguel, escusa de subir o Faial para ver esta desengane-se, pois esta também ela é espectacular e incrivelmente bela.




14:00 A TABERNA DO PIM

Quando saímos dos apartamentos Porto Pim Bay esta manhã, cruzámos-nos com um senhor que parecia ser o dono de uma esplanada, e reforçámos a reserva que tínhamos feito já há semanas antes de virmos. Ele ficou a conhecer quem é que queria tanto almoçar no seu restaurante (pois afinal era o dono) e simpaticamente disse-nos que nos reservaria a melhor mesa da esplanada, mesmo por baixo de uns toldos de velas brancas incríveis e com vista para toda a baía do Porto Pim.

Foi aqui que nos dirigimos depois de descer da Caldeira do Cabeço Gordo, e foi aqui que tivemos aquela que foi classificada unanimemente como a melhor refeição desde que chegámos à ilha. Desde um creme de marisco absolutamente divino, até ao melhor arroz de polvo que alguma vez comemos, passando pela carne de vaca em pote de barro incrivelmente temperada e macia, e acabando na fresquíssima e docíssima meloa do Faial e na sublime mousse de lima com raspas da mesma e lascas de chocolate açoriano, tudo foi perfeito. Não há um detalhe que possamos apontar, nem À comida, nem ao exemplar serviço que despretensiosamente criou uma experiência bela, muito boa e com um ritmo de serviço relaxado, mas não desleixado.

Tudo foi perfeito, desde a lindíssima vista da esplanada do restaurante, passando pelo sol espetacular que estava, acabando no serviço e na comida, e ainda mais no preço, pois foi de um equilíbrio muito louvável e acessível para o produto que serve e a localização que tem.

16:00 DESISTIR DAS BALEIAS LEVOU-NOS DE VOLTA AO GIN

Depois de um almoço irrepreensível, fomos caminhando até à famosa marina do Faial para fazermos a última actividade do dia: a observação de baleias. Ao chegarmos fomos informados que o passeio de hoje iria levar um pouco mais de tempo, pois as baleias estavam muito mais longe da ilha do que era habitual, por isso, e porque estávamos pressionados pelo horário do voo de hoje, decidimos desistir de ir ver os famosos cetáceos. Exemplarmente a funcionária do Norberto Diver (a empresa que contratámos o passeio), ofereceu-se logo para fazer o extorno do valor da actividade, uma vez que não a iríamos realizar. E assim se faz um bom negócio, pois mantém-se os clientes contentes. Se formos ver baleias mais alguma vez aqui nos Açores, escolheremos seguramente esta empresa.

Ora com algum tempo vago em mãos, decidimos que estava na hora de irmos dar uma volta à famosa marina da Horta e ver um dos seus símbolos maiores: os seus molhes pintados com pinturas de lembrança de vários dos barcos que por lá já passaram. Os muros, bancos e pavimentos dos molhes e dos passeios à volta da marina tornam-se assim um testemunho vivo de toda a história deste porto, e da sua situação única no mundo: no centro do Oceano Atlântico Norte, sendo assim ponto de paragem quase obrigatório para todos os velejadores que se aventuram na sua travessia.

Mas como ainda tínhamos uma hora livre, decidimos voltar a um dos nossos locais favoritos na ilha: o Peter Café Sport. Desta vez, com o sol que estava, instalámos-nos na esplanada e antes de nos dirigirmos para o aeroporto, tomámos um último gin tónico e despedimos-nos deste grupo central de ilhas, que desta esplanada quase todas se viam, de tão limpo que estava o céu (pois víamos parte da marina da Horta, a ilha do Pico e a ilha de São Jorge, faltavam só a Terceira e a Graciosa, mas estas não se vêem desta ilha, por mais limpo que esteja o céu).



20:15 A CHEGADA A PONTA DELGADA

Depois de irmos para um aeroporto absolutamente vazio (apenas com uma mão cheia de funcionários, sem exageros), termos esperado pela hora do nosso avião de ligação entre ilhas e termos tido um voo de 45min sereno e num avião meio cheio chegamos à última ilha deste arquipelago que vamos visitar nesta nossa viagem: a Ilha de São Miguel.

Aqui somos recebidos logo à saída do aeroporto pelo nosso amigo Henrique Câmara, que nos abraça como quem já não nos vê há muitos anos ... o que de facto é verdade. É o primeiro momento em que percebemos que há uma diferença de comportamento de quem vive no continente e tem as preocupações sociais do COVID19 e quem vive numa ilha em que existem 17 casos activos. Claro que os cuidados com as máscaras, o álcool gel ou a higienizarão dos locais está presente em tudo o que visitamos, mas a descontracção interpessoal aqui nos Açores é verdadeiramente maior do que no continente.

Ora depois da calorosa recepção rumamos até à capital do arquipélago - a cidade de Ponta Delgada. Aqui chegados, e porque temos bastante tempo até à hora de jantar, estacionamos o carro e decide o Henrique fazer-nos uma breve e rápida, mas repleta de informação volta pelo centro da cidade. Desde as icónicas Portas da Cidade, à vizinha Igreja Matriz, passando pelo Clube Micaelense, passamos a seguinte hora e meia a conhecer um pouco melhor as histórias e a História desta cidade e desta região tão especial de Portugal.


23:00 DO JANTAR NA TASCA CHIC À CASA TRADICIONAL MICAELENSE

Mesmo no centro da cidade de Ponta Delgada, está um dos mais trendy e tradicionais restaurantes da cidade: a Tasca.

Com um formato e um ambiente típico de uma tasca, este restaurante tem tudo de qualidade. Desde um serviço atento e cuidadoso, a uma cozinha correcta e cheia de bons pratos (das típicas Lapas, Grelhadas, mas que aqui sãp negras, indicando que estas são selvagens, ao Pudin de feijão, passando por um fresquíssimo atum braseado, tudo foi excelente), a uma carta de vinhos recheada de boas referências, há um pouco de tudo ... e em bom.

Esta foi uma sugestão do nosso amigo micaelense, e foi excelente, pois não só conseguimos provar uma excelente cozinha, como ainda tivemos a tranquilidade e as condições necessárias para matar saudades e pôr a cnversa e as novidades em dia. foram longas horas de conversa as que se seguiram ... e que só terminaram quando chegámos à casa de família onde amavelmente o Henrique nos acedeu a hosedar, no meio de tantas memórias de família e preciosidades da sua história e da sua infância. Foi um final de dia excelente, como só os bons amigos de longa data conseguem proporcionar. Por hoje pernoitamos nesta tradicional casa micaelense, para amanhã sairmos cheios de energia para explorar a ilha e irmos conhecer algumas das suas maravilhas!

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