CASA MODERNISTA E BRUTALISTA EM LISBOA


Esta casa que hoje aqui trazemos foi construída recentemente em Lisboa e homenageia a arquitetura modernista californiana de que Irving-Gill foi um expoente, acrescentando-lhe um brutalismo estruturalista, muito contemporâneo.

Os arquitetos Daniel Zamarbide e Leopold Banchini pegaram num dos pequenos edifícios habitacionais no centro histórico de Lisboa, que se encontrava abandonado e quase em ruínas, e transformaram-no numa casa unifamiliar, urbana e contemporânea.




Aproveitando apenas a fachada principal, mas transformando-a numa fachada totalmente cega (com excepção da porta de entrada, esta casa desenvolve-se toda ela virada para o seu logradouro. O espaço interior, por não ser muito grande, tornou-se num espaço visualmente único, onde quarto e casa de banho da suite se situam no piso superior (com paredes de vidro para a sala) e a cozinha e zona de estar, se situa no piso térro, abrindo-se generosamente para um terraço no logradouro.

Esta casa tem a inteligência do traço cuidado, de quem pensa a casa na sua função de habitar e não apenas na sua dimensão espacial, potenciando função com estética, numa dicotomia que produz uma simbiose tão pura quanto o brutalismo estrutural aqui aplicado. Cormaticamente, o minimalismo foi levado ao extremo, deixando apenas o branco e o cinza do betão aparente, como as duas únicas cores de toda a arquitetura.

É uma obra esteticamente desafiante e estilisticamente muito estimulante, que nesta véspera de ModaLisboa nos deixa bem preparados para o banho de estilo que vamos ter nos próximos três dias!



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