MODALISBOA MULTIPLEX EM DIRETO - DIA 4





I.MAUVE

Endless

A coleção de primavera/verão 2019 da Imauve encontrou influências na escultura grega e neoclássica e na sua atmosfera formal de equilíbrio e harmonia. Em particular, nas formas naturalistas, serenidade expressiva, proporção e representação das vestes em pregueados finos que deixavam enigmaticamente antever as formas do corpo. A linguagem atual do artista Daniel Arsham complementa esta base conceptual ao trazer contemporaneidade e confrontar expectativas de espaço e forma.

Silhueta
Longilínea, cintada, evasé (com detalhes franzidos e assimetrias)

Cores
Branco, mármore creme, cobre, barro, carmesim, azul pedra, preto.

Materiais
Seda, algodão, liocel, viscose, modal, malha, tule e lantejoulas.





DUARTE

Monaco Grand Prix

… Bem vindos à DUARTE Racing Team!

O Monaco GP transporta-nos para uma das mais importantes e prestigiadas corridas de Formula 1 do mundo.

Cheia de vibrações cool de corrida e de glamour, a coleção explora o lifestyle da competição. Neste evento as pessoas conseguem assistir à corrida nos seus iates, enquanto os pilotos competem pela vitória. Os linhos e algodões relembram o luxo inerente ao local, enquanto que os tecidos técnicos e as peles realçam a intensidade das cores das equipas opostas.

Seguindo o conceito de sportswear luxury, tudo é cuidadosamente planeado, resultando em peças de qualidade.





CAROLINA MACHADO

Trópico

Cuba nos anos 50 é ponto de partida para “Trópico”. Um verão caliente e rítmico, que também nos traz um sentimento amargurado de nostalgia, num estio sépia que nos deixa sempre com saudade.

Uma coleção fluida, onde se destacam as mangas abaloadas, os franzidos, cortes assimétricos, drapeados e a vivacidade dos tons terracota, complementada pelos estampados tropicais.

A paleta de cores é inspirada na pintura “Kiss Me” de Inès Longevial, onde a artista explora a silhueta feminina, através de técnicas de distorção e fragmentação.





ANDREW COIMBRA

A coleção primavera/verão 2019 de Andrew Coimbra explora o espírito despreocupado de um verão na cidade: leve, solto e esfuziante com uma espontaneidade ousada. Inspira-se em artistas contemporâneos como Jean-François Lauda, Keith Coventry e John Zabawa e mistura texturas, paletas de cores e intenções com estados de espírito sugeridos por espaços urbanos como tabernas e parques citadinos.

A coleção usa uma paleta de cores elegante, com base nos clássicos (caqui, preto, cinzento) e acrescenta-lhes alguma intriga com vermelho, amarelo e verde lima.

A silhueta resulta de um equilíbrio entre o streetwear casual e solto e um estilo urbano mais clássico e trabalhado, valendo-se de tecidos práticos com um toque de glamour.

Para o clima imprevisível da primavera, capas de nylon à prova de água e lã de Melton. Para trazer leveza, uma combinação de mistura de linho, crepe da china e algodão.





OLGA NORONHA

Hipnopompia

Da apropriação de um material de 1800 em extinção (celuloide) e técnicas e estética do séc. XVI e XVII (marchetaria com motivos do renascimento Italiano e asiáticos), surgem esculturas que envolvem o corpo rígida e naturalisticamente, com o dinamismo do movimento.

Materialização de um estado vigil de alteração da percepção do tempo e do espaço, onde a imaginação flutua no rearranjo das situações.

Despertar em que há um estado modificado de consciência que espoleta a criação de imagens oníricas.





FELIPE FAÍSCA

Inocência

Começa-se por revisitar a História contada através do tradicional Bordado da Madeira – cuja origem remonta ao século XV com a descoberta da ilha às mãos das fidalgas, apesar de só desde meados do século XIX estar documentada a sua venda e exportação – integrando-o no guarda-roupa da mulher moderna.

A viagem começa no Núcleo Mu­seológico do Instituto do Vinho e do Bordado da Madeira (IVBAM, IP-RAM), mergulhando no arquivo existente, rico em toalhas de mesa, colchas ou aplicações bordadas, e numa visita às casas das bordadeiras espalhadas pelo território insular, onde a arte, que se tornou um motor económico e um cartão de visita da Madeira além fronteiras, se executa diariamente com cantigas à mistura.

Abelha: Símbolo de trabalho árduo. De vontade. D’alma. Como se de um bordado se tratasse.

Borboleta: Personificação máxima da beleza nipónica – a gueixa – a mulher que voa ao sabor da elegância.

Libelinha: Ponte entre tudo o que fomos e quase tudo aquilo que somos.

Flor: Tão pura. Tão frágil. Tão mulher. Oh! A mulher... Sempre a mulher!





GONÇALO PEIXOTO

Flutuando na era do liberalismo feminino, a coleção de primavera/verão 2019 de Gonçalo Peixoto forma-se a partir das conjeturas e projeções que as várias formas de relação intrafeminina apresentam na contemporaneidade, absorvendo não só uma realidade em contexto nacional, mas também internacional.

Com uma abordagem edgy e silhuetas desconstruídas apropriadas pela natureza do streetstyle, Goncalo Peixoto assume um grande desafio no que diz respeito aos clássicos intemporais, revisitando-os e reinterpretando-os.





KOLOVRAT

Passaporte

Hoje, sonhei...

Os sonhos, espaço onde o corpo respira uma liberdade crua que se dilui no sangue e desagua no quotidiano, a viagem a um epicentro onde a imaginação floresce e o controlo desaparece.

Passaporte é o estremecer desse subconsciente, uma porta simbólica de contágio entre o que é sonhado e o que é real, uma visão imprevisível numa sociedade de mecânicas funcionais.

Passaporte é a identidade devolvida ao indivíduo, o símbolo de passagem da humanidade que se desconstrói novamente, a quebra da norma através da criatividade, uma afirmação simplista de rotura.

É nesta saga que se encontra o mote narrativo para uma coleção de cores vivas, embebida na expressão democrática, onde cada tecido, cada padrão, cada corte nos transporta a uma existência de libertação.





DINO ALVES

Tudo o que Somos!

Falar de beleza interior é um lugar comum! O que isso significa é que essa beleza a que nos referimos é a consequência do nosso carácter, da maneira de estarmos na vida, dos valores que defendemos, da luz e do carisma que emanamos pela soma de tudo isto.

Eu acrescento que também a moda é o que temos dentro de nós. Não é apenas a roupa, as marcas e a forma como nos vestimos que fazem de nós pessoas modernas e com estilo, mas muitas outras coisas que construímos interiormente e que não se vêem.

A nossa imagem deve vir de dentro para fora e a roupa deve ser uma espécie de segunda pele e extensão de nós mesmos.

Tudo o que somos está dentro de nós!

Detalhes
Peças que mostram o interior das mesmas. Peças sobrepostas que mostram as peças que estão por baixo. Avesso para fora. Peças como suporte de uma série de registos de vários tipos que somados parecem construir o nosso interior. Peças feitas a partir da união de vários elementos, como se fosse uma colagem de registos. Manchas de cores, lembrando telas pintadas. Peças perfuradas a deixar ver o “nosso interior”. Transparências, misturas de estampados e texturas. Peças que parecem embrulhar o que temos dentro de nós.

Cores
Vermelho, lilás , amarelo, branco, preto, beges, azuis, verdes, castanhos, dourado.

Materiais
Algodão, organza, ganga, linho, seda, malhas, tule, telas,

Acessórios
Cintos, sacos, malas de cintura.

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