É pela mãos, e cabeças, da equipa do atelier de arquitetura lisboeta Atelier Rua que renasce uma adega em Sarnadas de Ródão, em Castelo Branco. O pavilhão que nasce da criatividade do atelier unifica o edifício existente com a sua necessidade de expansão, transformando-os num só.
Os detalhes do edifício pré-existente e os do novo pavilhão surgem em dois materiais distintos, a cortiça e o metal, criando uma complementaridade entre si. primeiro é o revestimento do painel de cortiça das paredes existentes. A cor dourada do material metálico envolve o edifício existente e materializa os novos espaços da adega. Este material, que na sua escolha não deixou nada ao acaso, regula a temperatura e a ventilação de forma natural, características muito importantes para as áreas técnicas de uma adega.
O espaço aberto do pavilhão tem dois acessos independentes: a entrada oriental recebe as uvas, enquanto o portão do sul é para carregar e descarregar o vinho. As máquinas de produção a frio também estão localizadas na elevação leste. No lado norte, há uma extensão do pavilhão existente que corresponde às áreas de apoio social e de produção.
A recepção, a área de exposição de vinhos, os escritórios e laboratório encontram-se no piso térreo, onde uma grande escada que liga os 3 andares. E assim caros leitores, surge uma ideia de génio, num contexto de exigência técnica, mas com uma capacidade de deslumbrar pela simplicidade das formas e da paisagem natural que a envolve.
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