Por cá, uma das estreias de cinema da semana é o filme que abriu a última edição do Festival de Cannes. Um drama francês, que nos envolve numa luta constante entre o amor, a perda, a angústia, a esperança, o luto, o renascer, o confronto, a surpresa e ... os fantasmas. "Os Fantasmas de Ismaël" provocou polémica, quando foi apresentado, porque há cenas de nudez directa e frontal protagonizadas por Marion Cotillard.
A história deste filme gira em volta de Ismaël ... que sofreu quando Carlotta desapareceu, sem deixar rasto ou qualquer pista do seu paradeiro. A ele, restou o andar à deriva nas memórias, nas angústias e no medo, mas acabou por fazer o luto pela mulher, que julgou morta. Um dia, como a maresia que refresca a alma enquanto andamos à deriva na praia, voltou a encontrar-se com aquilo a que chamam de "o fogo que arde sem se ver". Sylvia chegou, conquistou, ensinou Ismäel a amar outra vez. Tal e qual como um qualquer guião de cinema, não fosse a personagem de Ismaël um cineasta.
Mas como a realidade é sempre melhor que a ficção (mesmo que aqui seja ficção), a vida de Ismaël dá uma reviravolta. 20 anos depois ... Carlotta regressa a casa, sem qualquer explicação. Aqui o filme ganha uma nova dimensão, pela confusão na cabeça e no coração da personagem principal. Ismaël coloca tudo em causa: o que sofreu, o que reaprendeu, o que sente pela mulher actual e o pela mulher que um dia julgou estar morta.
"Os Fantasmas de Ismaël" é um drama francês, realizado por Arnaud Desplechin, Junta no elenco algumas das estrelas mais luminosas do cinema francês, como Mathieu Amalric, Marion Cotilard e Charlotte Gainsborg. Da nossa parte, fica a sugestão de se deixar apaixonar por este enredo e quem sabe, descobrir quem escolhe Ismäel e o que lhe dizem os seus fantasmas.
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