O MUSEU INFINITO EM LISBOA


Exposta no MUDE,em Lisboa, a exposição "Museu Infinito" do designer Miguel Vieira Baptista está diretamente ligada à breve existência do Museu Industrial do Porto no século XIX.



Criado em 1889 por Joaquim de Vasconcelos, o museu surgiu com o objetivo de promover obras produzidas por artistas e artesãos em associação com a indústria, para promover o desenvolvimento do país neste setor. Outros museus europeus, como o V&A em Londres, logo perceberam a importância dos centros culturais para ajudar a melhorar os produtos industriais e vice-versa. Esta não era uma questão tão importante em Portugal e em 1898, o museu industrial do Porto é fechado por decisões políticas de curto prazo.


 
Ao entrar na exposição de Miguel Vieira Baptista, os visitantes são confrontados com uma sequência de caixas coloridas colocadas no chão para guia-los ao longo de um caminho intuitivo. Começando com uma cor vermelha reforçada pela parede branca adjacente, anunciando o nome da exposição, a exibição intensifica-se lentamente em direção ao meio da sala, onde as cores escurecem até atingir o tom preto. Esta progressão cromática leva as pessoas a uma jornada temporal, de começo e fim, que Baptista quer reforçar.



Os nove anos de existência do museu MUDE estão organizados em nove módulos expositivos, onde se podem descobrir todos os dias objetos que faziam parte da coleção original e que atualmente estão alojados em vários museus portugueses.



Durante toda a exposição, algumas irregularidades visuais podem ser capturadas pelos visitantes. Na verdade, dimensões interiores e exteriores diferentes do módulo tinham de ser integradas de modo a acomodar os vários conteúdos.

Imagens de Joana Soda e Fernanco Guerra FG+SG

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