ZAHA HADID, A RAINHA DAS CURVAS


O universo da arquitectura mundial ficou mais pobre com a morte de Zaha Hadid, uma das figuras mais importantes da arquitetura contemporânea. Starchitect, misto de estrela e arquiteta, uma descrição usada como crítica mas que lhe assenta na perfeição. Fez a primeira exposição em 1978, com projetos de estudante, no Museu Guggenheim, em Nova Iorque. Só 20 anos mais tarde começariam a materializar-se.





Dame Zaha Hadid nasceu em Bagdad, a 31 de outubro de 1950. Cresceu num dos primeiros bairros de inspiração Bauhaus da capital do Iraque, então uma monarquia que se tinha recentemente libertado do controlo britânico depois de séculos sob domínio otomano. Estudou Matemática na Universidade Americana de Beirute, antes de mergulhar nos estudos de Arquitetura em 1972, na Architectural Association of London. Foi aluna de Rem Koolhaas e Elia Zenghelis e colaborou no OMA. Em 1979, começou a trabalhar em nome próprio, e foram muitos os prémios com que foi distinguida. Apelidada de neofuturista, Zaha Hadid foi a primeira a aceitar que as suas ideias iam demorar anos a tomar forma. o primeiro edifício com a sua assinatura, um prédio de habitação em Berlim, é construído entre 1986-1993.





Zaha Hadid era amplamente conhecida por ser a maior arquiteta do mundo na atualidade. Em 2004, Zaha Hadid tornou-se a primeira mulher. e primeira muçulmana, a receber  o Prêmio Pritzker de Arquitetura. Entre os outros prêmios de Zaha Hadid estão o Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres da França, o Praemium Imperiale do Japão, e em 2012 Zaha Hadid foi condecorada com o título de “Dame Commander of the Order of the British Empire”. Foi nomeada Membro Honorário da American Academy of Arts and Letterse membro do American Institute of Architecture. Foi recentemente premiada com a 2016 Royal Gold Medal do RIBA, sendo a primeira mulher a receber individualmente a honraria.



O seu trabalho deixa edifícios marcantes aos quais ninguém consegue ficar indiferente:  “The Peak” (1983), em Hong Kong, o “Kurfürstendamm” (1986), em Berlim, e a Ópera de Cardiff (1994), no País de Gales. Mais recentemente, foi responsável pelo projeto do Centro Aquático das Olimpíadas de Londres (2012), pela estação ferroviária de Nápoles (2013), em Itália, e pelo edifício Investcorp do St. Antony’s College, da Universidade de Oxford.



A Zaha o nosso eterno obrigado pelas curvas com que brindou a arquitectura, pela sua visão futurista, pelos seus projectos que manterão sempre entre a melhor dos melhores!

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