ESPECIAL | A GRANDE AVENTURA AMERICANA - OS RESTAURANTES MEMORÁVEIS


É o aspecto da nossa Grande Aventura Americana que faltava: os Restaurantes.

Um pouco à semelhança dos hotéis da semana passada, também em termos gastronómicos, a nossa Grande Aventura Americana foi uma viagem com pontos de passagem obrigatória e que importa referir e recomendar aos nossos leitores.


Comecemos pela sofisticada e única Nova Iorque e pelo inesquecível e venerável Nobu Next Door.

Quem for a Nova Iorque tenha em mente que nesta babilónia moderna, onde todos nos sentimos em casa, mas na realidade não é casa de ninguém, a cozinha "oficial" é oriental. Assim talvez um dos locais mais sofisticados, discretos e o que tem o sushi preferido de Robert De Niro (segundo conseguimos saber) é o restaurante em Tribeca Nobu Next Door.


Este local de culto tem nalgumas das suas especialidades especialidades (como o sushi de bacalhau negro, ou o sashimi de peixe gato) o seu ponto forte. Ambiente discreto, selecto, sem grande decoração, iluminação muito cuidada e uma cozinha exímia. Com preços a condizer ... mas vale a pena! Garantimos!

Mas Nova Iorque é sinónimo de outra iguaria: o famoso Cheese Cake. Para este famoso bolo (que é talvéz a iguaria mais democratizada e mais famosa em todo o mundo desta metrópole) há um local onde é obrigatório parar e provar: o The Wright em pleno Guggenheim Museum. É uma versão moderna do famoso bolo nova-iorquino, mas vale a pena provar ... é uma excelência moderna, tal como as obras de arte que lá existem nos andares de cima!


Saindo de Nova Iorque seguimos directamente para a rolote em plena entrada da cidade de Ashville (mesmo antes das Smoky Mountains, algures na Inter State 40). Este é um dos famosos trailers que aparecem nos filmes, servem comida gordurosa, cozinhada sabe-se lá como, mas cujo sabor é bom. Recomendamos os Hot Dogs com French Fries e que sejam comidos sentados na relva envolvente por baixo da tenda improvisada que está montada ao lado.


Não se espere o cumprimento das normas da UE, a padronização das dozes ou dos ingredientes, ou até preocupação com o serviço, mas é um verdadeira experiência. Como alguém disse na altura: "se Almodovar fosse americano, este era um cenário de um dos seus filmes"! Imperdível!

Mais a Sul, em plena Georgia temos um dos pontos altos da famosa gastronomia dos estados do Sul: o Whistle Stop Cafe.


Em plena povoação de Juliette, este café foi o cenário de um famoso filme do ano de 1991 "Fried Green Tomatoes", que juntou no grande ecrã grandes mulheres do cinema americano de várias gerações. Kathy Bates, Jessica Tandy, Mary Stuart Masterson e Mary Louise-Parker passaram por este café e filmaram cenas únicas neste cenário autêntico e que ainda hoje conserva essa autenticidade. Para entrada é obrigatório os "Fried Green Tomatos" (pode parecer um pouco turistico demais, mas quando se chega lá, não só faz sentido, como são uma verdadeira iguaria única) e para prato principal, as famosas Ribs.


Encerrando com uma Home Made Apple Pie com gelado de baunilha ... e uma passagem pelos antiquários vizinhos. É um Must go absoluto!

Mas à medida que se desce maior é a dificuldade de escolha de recomendação gastronómica, pois a hospitalidade e a cultura gastronómica são uma constante. Assim quando chegamos a Nova Orleães temos dois locais para fechar a lista.


Comecemos por uma das especialidades locais: os Po-Boys. São umas sandes cujo conteúdo é variado e pode ir desde as famosas Ostras fritas (por mais desconfiança que haja à partida, são de provar, pois são divinais), até carne de crocodilo. O local mais emblemático é o Johnny's Po-Boys.

Já agora fica aqui uma nota curiosa. Perguntando-nos porque é que sandes, aqui em Nova Orleães se chamavam Po-Boys, fomos investigar e a origem do nome tem uma história engraçada: numa terra em que a tradição gastronómica é rica, as sandes eram comida de escravos ou de empregados pobres das casas da cidade, assim a intelectualidade passou a apelidar este tipo de comida como a comida dos "Poor Boys" (dos miúdos pobres, traduzindo) o que com a iliteracia que reinava entre a população mais pobre, passou a ser chamado e escrito "Po-Boy".


Mas passando a cozinhas mais ricas, tem-se a comida cajum, típica desta famosa cidade. Para poder comer num dos ambientes mais magéticos da cidade, num páteo sem apetrechos turisticos (como são os do Bairro Francês) e com uma melodia de Jazz tocado ao piano de fundo, é favor deslocar até ao bairro de Marigny e ao nº 2600 de Chartres Street: o Feelings Café.

Há que comer o que é recomendado, mas pode-se escolher um pouco de tudo, pois a excelência da cozinha é famosa por toda a cidade (parámos várias vezes para perguntar direcções e várias foram as pessoas que disseram "Vão ao Feelings Café? Excelente escolha!"). Mas podemos deixar aqui duas sugestões: para entrada podem escolher as gambas Etouffé, e para prato principal os Medallions de Lombo de Porco marinado em Mostarda Creola e Brandy e servido com espargos frescos e batatas.


Este é um artigo de encerramento desta Grande Aventura Americana, que mais do que uma viagem memorável e marcante foi uma jornada única e irrepetível. Decidimos encerrar esta nossa Grande aventura com esta homenagem a um dos aspectos da cultura americana normalmente mais desvalorizados, mas cujo valor, depois de uma viagem destas, é inquestionável!

Muito Obrigado a todos os que fizeram desta nossa primeira experiência de blogging em directo e em movimento um sucesso e ... prometemos que vamos já começar a planear a proxima!

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