ESPECIAL | AS ORIGENS DOS SÍMBOLOS DO NATAL - O PAI NATAL


Depois da Árvore de Natal de ontem, hoje trazemos aqui o famoso Pai Natal (Papai Noel em português brasileiro). Chamamos a atenção dos nossos leitores que este texto não é próprio para crianças ... pois desmistifica muitas crenças ...

O simpático Pai Natal é uma figura lendária que, em muitas culturas ocidentais, traz presentes às crianças bem-comportadas. Esta distribuição é feita na maior parte dos países na noite da Véspera de Natal (24 de Dezembro). No entanto alguns têm a mesma tradição mas apenas com uma data diferente - o Dia de São Nicolau (6 de Dezembro).


A lenda pode ter tido a sua origem em parte em contos sobre a figura histórica de São Nicolau. Este é o nome popular de Nikolaos de Myra, um santo grego, bispo de Mira (que viveu entre 270 e 6 de Dezembro de 346 d.C.). A este santo foram atribuidos vários milagres, mas ele também era conhecido como o Fazedor de Maravilhas. É que ele secretamente dtinha o hábito de distribuir pequenos presentes, como moedas, pelos sapatos dos mais necessitados e que deixavam o sapato no exterior na noite anterior ao dia de Natal. Foi daqui que surgiu a tradição dos presentes distribuidos pelo aos bem comportados. A sua transformação em símbolo natalício ocorreu também na Alemanha do Século XIX (à semelhança da Árvore de Natal, tal como aqui referimos ontem).

Enquanto São Nicolau era originalmente retratado com trajes de bispo, atualmente o Pai Natal é geralmente retratado como um homem rechonchudo, alegre e de barba branca vestido com um casaco vermelho com gola e punhos brancos, calças vermelhas de bainha branca e cinto e botas de couro preto. Esta imagem tornou-se popular nos EUA e Canadá no século XIX devido à influência do caricaturista e cartunista político Thomas Nast. Thomas Nast é o primeiro em 1863 a desenhar um Santa Klaus (pai natal em Inglês) gordo e sorridente para a revista Harper's Weekly.


Foi exactamente esta figura que em 1922 a (já naquela altura) muito popular Coca-Cola, decidiu utilizar para anunciar aos seus consumidores que a Coca-Cola não era apenas uma bebida boa para o Verão. Este anúncio, desenhado originalmente por Fred Mizen para anunciar a maior fonte de refrigerante do mundo (de Coca-Cola, claro), localizada no Barr Co. em St. Louis, fez tal sucesso que se manteve o mesmo anúncio da campanha de Natal da marca durante décadas. Ainda hoje, esta famosa marca faz todos os anos uma campanha de Natal com o Pai Natal como figura central.

O sucesso foi tanto, que a figura idealizada por Fred Mizen foi adoptada por todos como a figura do Pai Natal.


Reza uma lenda que Pai Natal mora no extremo norte do Planeta, numa terra de neve eterna. Na versão americana, ele mora na sua casa no Polo Norte, enquanto na versão britânica ele vive nas montanhas de Korvatunturi na Lapônia na Finlândia.

Independentemente de qual a localização, em ambas a tradições o Pai Natal vive com sua esposa Mãe Natal, incontáveis elfos mágicos e oito ou nove renas voadoras. Outra lenda popular diz que ele faz uma lista de crianças de todo o mundo, classificando-as de acordo com seu comportamento ao longo do ano e que entrega presentes, como brinquedos ou doces, a todos os meninos e meninas bem-comportados. Às vezes às crianças malcomportadas, ele entrega carvão.


Toda esta tarefa é feita numa só noite (seja 6 ou 24 de Dezembro, ou 1 de Janeiro, conforme os países). O Pai Natal só consegue este imenso feito anual com o auxílio de elfos (que não só ajudam a carregar o trenó voador, como também fazem os brinquedos na oficina) e das renas que puxam o trenó (cuja rena mais famosa é o famoso Rudolfo).

Actualmente esta é a imagem do mítico Pai Natal, que tantas delícias faz nas crianças do mundo e que tantos adultos convence a entrar no espírito natalício. Uma mistura de religião e de paganismo que torna o Natal contemporâneo bem mais simpático e bem disposto.

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