ESPECIAL PERFUMES | A HISTÓRIA POR TRÁS DO FRASCO - DIA 1


Contrariamente ao que se possa pensar, não vamos falar dos perfumes, falaremos antes de um dos seus componentes chave – o frasco.

Os frascos de perfumes que marcaram a história da perfumaria são o tema para o Especial deste fim-de-semana. Igualmente importantes quanto a essência que contêm, os frascos de perfume são o resultado de um trabalho dedicado e de uma imaginação espantosa dos seus criadores, que juntamente com os perfumistas criam verdadeiras jóias de perfumaria. Um Especial ... muito especial!



O início é um perfume que, apesar de ter completado 90 anos este ano, o seu frasco ainda continua muito trendy nos dias que correm. Antes de ter aparecido, os perfumes eram vendidos em pequenas ânforas, que serviam de ‘’publicidade’’ ao perfume que, por si só, se acreditava não ser facilmente vendável.

Mademoiselle Chanel - foi a primeira a pensar que o perfume era a ‘’jóia’’ e o frasco um mero contentor. O design do frasco foi inspirado, no frasco das gotas calmantes, que Coco tomava para adormecer. Curiosamente o frasco, assim como as próprias gotas, tinham origem russa, vinham da farmácia Vorontsovskaya em São Petersburgo. O sucesso é o que se conhece ... depois de 90 anos ainda é o príncipal símbolo e paradigma da perfumaria de luxo!



Um frasco de culto, para um aroma de culto. L´Air du Temps é um dos poucos perfumes que ao longo dos seus 62 anos de existência, não sofreu quaisquer alterações evitando, e ainda bem, qualquer tipo de remake.

Foi criado em 1949, durante o pós-guerra, num mundo onde a paz parecia uma coisa muito frágil e romântica. Partiu de Marc Lalique, o herdeiro do joalheiro e mestre vidreiro art-nouveau René Lalique, a ideia de colocar os pombos no topo do frasco, onde eles permanecem até hoje como símbolos de paz e amor …



O primeiro aroma da casa Dior, que sofreu uma quantidade de modificações e mudou de frasco inúmeras vezes, conservou intacto o famoso papillon Dior desenhado pelo grandioso ilustrador René Gruau. A título de curiosidade o dito papillon apareceu pela primeira vez num dos desenhos do René, embelezando o pescoço delicado de um cisne.


Ao longo dos anos, o frasco passou por inúmeras mudanças mudando de cor e de material, mas felizmente o perfume conservou a sua essência e ainda hoje continua uma essência intemporal e um must have para qualquer senhora, prova disso é a recente e belíssima campanha protagonizada pela Natalie Portman.


Jacques Guerlain pensou que até um aroma excelente precisa de uma boa lenda, para se tornar num êxito de vendas. Shalimar (Jardins do Amor) remete para a conhecida lenda do amor entre o Shah Jahan e a sua amada Mumtaz Mahal, que resultou na construção de uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo – o esplêndido Taj Mahal.

O frasco, pensado para ser uma cópia das fantásticas fontes dos jardins Shalimar, foi desenhado e criado pela mítica Baccarat, a semelhança era impressionante até que o upgrade do design foi confiado a Jade Jagger, que retirou as linhas suaves e arredondadas do frasco antigo para as substituir com um design mais moderno e minimalista. Resta saber se o aroma e o frasco modificados terão o mesmo sucesso do seu antecessor junto à nova geração de consumidores.


O frasco do perfume Givenchy Organza, foi criado por dois designers em simultâneo. A ideia original foi de Alexander McQueen, que no ano de 1996 ocupava o cargo de director artístico da casa Givenchy.

O vestido branco de chiffon, que serviu de inspiração para o trabalho executado pelo conceituado designer Serge Mansau, foi criado por John Galliano o antecessor do McQueen na Givenchy. Em tempos era o frasco mais fashion oriented do momento, a passagem da modelo pelo pódio e chiffon esvoaçante – deixando transparecer um corpo perfeito, foram perfeitamente reproduzidos e captados pelo vidro.

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