UMA CASA TRANSPARENTE






Uma casa tem, normalmente, uma noção de encerramento do espaço interior, que deriva de uma necessidade de protecção da privacidade, inerente à sua condição de interior (que implica fronteira e separação).

No entanto há algumas obras arquitectónicas que rompem com este estereótipo e que demonstram que, em condições de excepção (criativa e circunstancialmente) o (cor)romper dos conceitos é a melhor opção.

Foi o que fez (e ainda bem) o arquitecto americano Steve Hermann, com o projecto Glass Pavilion.

Localizado em Montecito, Califórnia, esta casa tem na sua concepção espacial e formal apenas os dois limites horizontais (pavimento e cobertura) bem definidos, os restantes ao primeiro olhar não existem sequer (pois são panos de vidro transparente).

Beleza perturbante, fluidez espacial, desafio de conceitos habitacionais e luxo são as características que nos assaltam perante tão elegante, moderna e sofisticada obra de espacialidade subentendida e morfologia tão subtilmente enunciada.

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