2 ILHAS E 1 IMPÉRIO | EM DIRETO - DIA 16


12:00 A PARTIDA DE ATENAS

Foi uma manhã calma e relaxada esta que tivemos neste nosso 16º dia de viagem. Acordámos mais tarde, fomos tomar um pequeno almoço mais relaxado, fechámos as malas e viemos até ao aeroporto internacional de Atenas, para deixarmos as duas ilhas da nossa viagem e rumarmos ao império.

Ora como dissemos aqui há uns dias atrás, conforme fomos informados pela companhia aérea que nos vai transportar da Grécia para Itália, tivemos de fazer um teste de Covid-19, que supostamente seria para apresentar no check in à partida da Grécia para Itália, mas tal não aconteceu. Achámos estranho ... mas seguimos para a porta de embarque.

É assim que, num aeroporto quase vazio, embarcamos para a terceira parte desta viagem: o antigo Império Romano.


14:00 A CHEGADA A NÁPOLES

A nossa entrada em Itália, como poucos poderão adivinhar, não se faz pela sua capital, nem sequer pelas grandes cidades do Norte (onde já estivemos este ano, em Fevereiro, mesmo antes da chegada da Pandemia à Europa, na nossa viagem Giro Al Norte, que podem ver aqui), mas é feita sim pela cidade "capital do sul" - a Bela Nápoles.

Aqui chegados, percebemos que estamos num outros sistema social e organizacional. Desde o maior à vontade das pessoas em termos de precauções com a pandemia, até ao guarda que à nossa saída do aeroporto nos questiona de onde chegámos, ao que respondemos que da Grécia, e só então, connosco quase já fora do aeroporto, nos referem que temos de fazer um teste para entrar em Itália, ao que respondemos que já trazemos o teste da Grécia e, sem nos pedirem para ver esse tal teste, ou sequer perguntar pelo resultado, nos dizem que então podemos passar, acabando no caos que é levantar um carro na Europcar do aeroporto, pois o carro que reservámos não há (a não ser que estejamos disponíveis para esperar até ao final do dia para ver se surge algum ... mas mesmo assim não garantem!!!), e só têm disponível um carro de classe inferior ou superior (o inferior teremos de pedir o reembolso à agência que nos fez a reserva, já o superior teremos de pagar o excesso ali mesmo ?!?!?!), tudo se altera muito rapidamente assim que saímos do avião.

Se a Grécia, e principalmente Atenas, já não é um modelo de organização social e funcional, Nápoles então é outro mundo que mais faz lembrar paragens mais longínquas do outro lado do mediterrâneo. Mas depois da adaptação ao caos e às confusões todas no aeroporto, surge outra adaptação necessária: conduzir em Nápoles. Aqui faixas de rodagem, sinais luminosos ou mesmo sentidos de circulação, são "meras indicações gerais" para o trânsito, criando assim uma situação de caos semi organizado, pelo qual vamos ter de conduzir nos próximos dias.

16:00 O HOTEL DE CHARME

Aqui chegados a esta parte da viagem, e porque o Império Romano foi uma alteração de última hora, pois a pouco menos de 48h de partirmos tivemos o cancelamento dos voos entre a Grécia e a Turquia, para onde íamos a seguir a Atenas, e portanto tivemos muito pouco tempo de preparação deste nosso percurso em Itália, dirigimo-nos, pela primeira vez nesta viagem, a um hotel de charme, que vai ser o nosso alojamento em Nápoles durante os próximos dias: o Decumani Hotel de Charme.

Localizado em plena zona de tráfego restrito do Centro Histórico da cidade, este hotel ocupa um edifício originalmente construído no século XVII para ser um convento, e que hoje foi transformado num pequeno hotel de charme com poucos quartos, mas com muito dos seus elementos arquitetónicos originais bem recuperados e excelentemente integrados nesta sua nova valência funcional.

Foi assim que começámos a conhecer a cidade, através de um edifício lindíssimo, com uma história centenária e que nos deu logo a perceber uma coisa: estamos numa cidade cheia de história e que foi capital de um dos mais importantes e mais ricos reinos italianos que resultaram do antigo império romano: o Reino de Nápoles.





19:00 O PALÁCIO REAL, AS GALERIAS E A VIA TOLEDO

Mas, por mais que o hotel seja histórico e recheado de salas lindas, ficamos apenas o suficiente para estacionar o carro num parque de estacionamento vizinho (pois nesta zona do centro histórico estacionar da rua é impossível), fazer o check in e deixar as malas no quarto ... e saímos para a primeira visita deste dia.

A rica história do Reino de Nápoles está por toda a parte mas o nosso foco nesta tarde são três espaços: o Palácio Real, as galerias Umberto I e o mais cosmopolita Palazzo Zevallos Stigliano. Estes três espaços são os três símbolos diferentes da glória passada desta cidade monumental. Se o primeiro é um verdadeiro palácio real, com tudo o que se pode pedir, desde os tetos e paredes trabalhadas e repletas de frescos maravilhosos, até ao mobiliário e objetos de decoração incríveis, já a segunda é uma galeria comercial (num estado bastante menos glamourosa do que a sua irmã de Milão, mas igualmente bela) que nos transmite a importância e a dimensão que esta cidade teve no século XIX e a sua riqueza enquanto interposto comercial de todo o sul da península italiana, enquanto que o terceito é um pequeno edifício de princípios do século XX, quando a grande avenida comercial do centro - a Via Toledo - é construída com um sentido de modernidade e de expansão da cidade.

Estas são três épocas da cidade histórica de Nápoles, que passamos revista neste final de tarde, e que nos levam a perceber um pouco a sua dimensão histórica, cultural e simbólica neste que foi um reino resultante do Império Romano, ao qual nos iremos dedicar nestes últimos dias da nossa viagem.




23:00 NÁPOLES: A CAPITAL GASTRONÓMICA DO SUL

Mas visitar Nápoles é visitar um dos templos gastronómicos da cozinha italiana. Há quem defenda que a melhor e mais autêntica cozinha italiana está no Sul e que Nápoles é a sua capital e expoente máximo.

Assim escolhemos o modesto, moderno e simpático Nam 43 para iniciarmos este nosso passeio pela gastronomia napolitana. O local é perfeito, pois é um apequena e tradicional taberna, totalmente remodelada e modernizada de forma informal e descontraída e que tem uma pequena esplanada no passeio em frente, onde nos sentamos para apreciar a espetacular noite de calr que está. Já em termos gastronómicos, as nossas escolhas recaem logo sobre dois dos pratos mais típicos: um excepcional Spaghetti alla Napoletana e Polvo alla Luciana. Os dois estão feitos divinalmente e são o início perfeito para a nossa primeira incursão na genial cozinha napolitana.

É assim que chega ao fim o nosso primeiro dia no Império Romano ... ou como se chama actualmente, em Itália!

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